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Companhia francesa Total deixa o Irã depois de sanções dos EUA

O ministro de Petróleo do Irã disse que a companhia petrolífera francesa deixou oficialmente o Irã depois das novas sanções americanas

O processo de substituição da companhia por outra companhia está em andamento, disse o ministro iraniano (Regis Duvignau/Reuters)

O processo de substituição da companhia por outra companhia está em andamento, disse o ministro iraniano (Regis Duvignau/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de agosto de 2018 às 10h20.

Teerã - O ministro de Petróleo do Irã, Biyan Namdar Zangane, disse nesta segunda-feira que a companhia petrolífera francesa Total abandonou oficialmente o Irã depois que os Estados Unidos anunciaram a imposição de sanções às companhias que fizerem negócios com o país persa.

"A Total abandonou de modo oficial o contrato de desenvolvimento da fase 11 de South Pars e há mais de dois meses que anunciou que se retira do contrato", disse Zangane, em declarações divulgadas pela agência oficial do seu ministério, "Shana".

"O processo de substituição da companhia (Total) por outra companhia está em andamento", disse o titular de Petróleo, sem dar mais detalhes a respeito.

A companhia francesa rubricou o acordo em julho de 2017 com a Petropars, filial da Companhia Nacional Iraniana de Petróleo (NIOC), que contém 19,9% do projeto, e a Corporação Nacional do Petróleo da China (CNPC), a cargo dos outros 30%.

O contrato era para o desenvolvimento da fase 11, a última seção restante da jazida de gás de South Pars, o maior do mundo deste hidrocarboneto.

Previamente Zangeneh tinha dito que se a "Total" se retirasse do projeto, seria substituída pela corporação chinesa, elevando sua parte a mais de 80% desde os 30% atual.

O acordo, assinado em 2015 entre o Irã e o Grupo 5+1 (EUA, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha), limita o programa atômico de Teerã em troca da suspensão das sanções internacionais.

Os países europeus estudam atualmente fórmulas para proteger suas empresas com interesses no Irã das sanções americanas e para salvar, além disso, o pacto nuclear.

Em novembro entram em vigor as sanções dos EUA contra o setor energético, que é de suma importância para o Irã, que tem uma das maiores reservas do mundo de petróleo e gás.

Os EUA pediram que as companhias estrangeiras fechem os seus negócios no Irã e ameaçou que, em caso contrário, imporá sanções a todos aqueles que mantenham laços comerciais com o país persa.

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