Negócios

Companhia aérea demite aeromoças e põe pilotos para fazer o trabalho

A decisão da Icelandair veio depois de a empresa, afetada pela crise do coronavírus, não conseguir um acordo com o sindicato dos comissários de bordo

Icelandair: empresa aérea disse que o serviço de bordo será o mínimo durante a pandemia (Thomas Barwick/Getty Images)

Icelandair: empresa aérea disse que o serviço de bordo será o mínimo durante a pandemia (Thomas Barwick/Getty Images)

Felipe Giacomelli

Felipe Giacomelli

Publicado em 18 de julho de 2020 às 09h03.

Última atualização em 18 de julho de 2020 às 09h15.

Uma companhia aérea da Europa decidiu "inovar". Devido à crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus, ela encerrou o contrato de toda a equipe de comissários de bordo e avisou que os pilotos é que vão fazer o serviço de cabine a partir de segunda-feira (20). As informações são do site da Business Insider.

De acordo com a reportagem, a Icelandair, da Islândia, foi bastante afetada pela crise econômica. Se em maio do ano passado, ela teve 419 mil passageiros, no mesmo mês deste ano, foram somente 3.100.

Como resultado, a companhia passou por um processo de reestruturação financeira e buscou renegociar alguns contratos, incluindo dos funcionários que fazem o serviço de bordo. Só que aí veio um impasse com o sindicato do setor, e não houve acordo.

Assim, a Icelandair optou por encerrar os contratos de todos os comissários e passar a função aos pilotos.

"A Icelandair vai permanentemente rescindir o contrato com todos os seus comissários de bordo e descontinuar as relações de trabalho com as partes", disse a empresa em um comunicado. "O serviço de bordo será o mínimo (assim como tem sido desde o começo da pandemia)", completou.

Só que, em vez de ser uma solução, a decisão da Icelandair gerou outro impasse. É que os comissários de voo são os responsáveis por toda a segurança dos passageiros do avião e passam por inúmeros treinamentos para assumir sua função. Já os pilotos terão apenas este fim de semana para se prepararem para a nova tarefa, o que pode levar a questão para a justiça.

Acompanhe tudo sobre:companhias-aereasCoronavírusDemissõesIslândia

Mais de Negócios

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia

"Bar da boiadeira" faz investimento coletivo para abrir novas unidades e faturar R$ 90 milhões

Haier e Hisense lideram boom de exportações chinesas de eletrodomésticos em 2024