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Como reter pessoas? Distribuindo lucro, diz pesquisa

Segundo estudo, empresas que distribuem participação nos lucros há mais de 10 anos possuem 55,1% mais funcionários com três ou mais anos de casa do que a média

Participação nos lucros: 28,4% das empresas não tem programas desse tipo (Ilustração: Marcelo Calenda)

Luísa Melo

Publicado em 15 de julho de 2014 às 09h38.

São Paulo - Quanto mais estruturado e mais antigo é o programa de participação nos lucros e resultados (PLR) de uma empresa, mais funcionários ela consegue manter em sua equipe. É o que aponta uma pesquisa feita pela consultoria Remunerar junto a 500 companhias.

De acordo com o estudo, as corporações que adotam o PLR há mais de 10 anos têm um quadro de empregados com três ou mais anos de casa até 55,1% maior do que a média geral. Já aquelas que implementaram o programa nos últimos cinco anos possuem esse contingente de pessoal até 25,1% maior do que a média geral.

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Entre todas as empresas pesquisadas, 59,4% disseram optar por oferecer o PLR por iniciativa própria e 12,1% por convenção coletiva. Outras 28,4% não adotam o benefício.

A maioria das que têm os programas (62%) calcula a participação nos lucros e resultados de acordo com um percentual do salário de cada funcionário. O restante (37%) estipula um valor em reais para fazer o pagamento.

Grande parte (45,2%) das empresas que optam por calcular o valor do incentivo de acordo com os salários permite que o benefício chegue a até 100% da remuneração do empregado, quando ele consegue atingir 100% das metas. Outras 12% estipulam o prêmio com valor até 25% do salário, 7,6% até 50% e 5,6% até 250% do pagamento.

No ano passado, entre as 232 companhias que distribuíram o benefício às suas equipes, 35,8% pagaram até 100% do salário em PLR e 14,2% pagaram até 75%. Houve ainda uma parcela de 12,1% das corporações que pagou até 50% da remuneração e de 6% que bancou até 250%.

Justificativas

As empresas que não têm programas de participação nos lucros e resultados alegaram que diversos problemas as impedem de adotá-los. Entre as justificativas aparecem o desconforto em enfrentar o sindicato para fazer acordo,  cultura não favorável, desconhecimento desse tipo de incentivo, ausência de estratégias e dificuldade de encontrar indicadores de desempenho confiáveis.

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