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Como o Natal virou o maior motor de vendas da Havanna no Brasil

Venda de panettones já responde por 20% do faturamento anual da marca

Bruna Fausto, CMO da Havanna: "Natal é a nossa campanha mais importante" (Havanna/Divulgação)

Bruna Fausto, CMO da Havanna: "Natal é a nossa campanha mais importante" (Havanna/Divulgação)

Isadora Aires
Isadora Aires

Freelancer

Publicado em 19 de dezembro de 2025 às 08h50.

Com a chegada das festas de fim de ano, aumenta a disputa das redes de alimentação nas gôndolas e shoppings centers em todo o país. Para a Havanna, esse período vai além da sazonalidade: é quando a marca se firma como opção de presente e concentra uma fatia relevante das vendas do ano.

A empresa, que projeta encerrar o ano com R$ 550 milhões em receita combinada, tem no Natal o seu maior pico comercial.

“Natal é a nossa campanha mais importante. Essa época representa entre 16% e 20% do nosso faturamento anual”, diz Bruna Fausto, CMO da empresa. “A marca Havanna nasceu e continua com o posicionamento de ser um item presenteável”, explica.

A alta nas vendas durante o período é puxada, é claro, pelos já famosos panettones recheados da marca. “A Havanna foi inovadora e pioneira na fabricação de panettone com recheio líquido no varejo brasileiro, em 2008”, relembra a CMO.

O lançamento da Primeira Fornada da coleção 2025, com 10 versões de panettones e campanha inspirada em O Quebra-Nozes, marca o início da campanha de Natal deste ano. A categoria segue relevante: cerca de 500 mil unidades vendidas por ano, com crescimento contínuo.

A coleção deste ano destaca o panettone sabor Mar del Plata, uma combinação de chocolate ao leite com caramelo salgado. “Pra você ter uma ideia, hoje nas nossas heladerías - as sorveterias da Havanna -, esse é o sabor mais vendido”, conta Bruna. A linha premium de panetones cresce com os sabores pistache, limone e doce de leite zero açúcar.

Os próximos passos em 2026

Para 2025, a meta é manter os 20% de participação do Natal no faturamento e repetir o volume das 500 mil unidades. A estratégia passa por reforçar presença nos shoppings e acelerar a entrada no varejo alimentar. “Estamos iniciando nossa distribuição dentro do universo do varejo alimentar e queremos estar pelo menos em 10 mil lojas”, afirma Bruna.

Hoje, a rede opera mais de 200 unidades, majoritariamente franqueadas, e aposta no crescimento das cafeterias e na consolidação das heladerías, que já passam de 50 lojas. O modelo leva a marca de doce de leite para um ponto de contato mais rápido e amplia o alcance da empresa para fora dos shoppings.

A concentração das vendas em poucas semanas pressiona estoques, logística e posicionamento de preço. O desafio é manter relevância em um mercado competitivo e disputar espaço com marcas tradicionais do período.

“A experiência da loja é um momento muito importante para criar toda essa conexão”, diz Bruna. Segundo ela, o panettone aparece também nas cafeterias e heladerias como parte dessa ambientação. “Por isso, a gente coloca o nosso panettone dentro da experiência”, explica.

Com a primeira fornada no mercado, a Havanna entra na fase decisiva do ano: garantir distribuição e sustentar a demanda por uma categoria que funciona como o motor da marca no país.

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