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Como esse economista dobrou faturamento ensinando brasileiros a lidar com o dinheiro

Com linguagem simples e humor, Presley Vasconcellos converteu educação financeira em audiência e receita

Economista e Influenciador, Presley Vasconcellos.  (Arquivo Pessoal / Presley Vasconcellos)

Economista e Influenciador, Presley Vasconcellos. (Arquivo Pessoal / Presley Vasconcellos)

Publicado em 10 de dezembro de 2025 às 15h58.

Lidar com dinheiro faz parte da rotina de todas as pessoas – tenham elas grandes fortunas ou pequenas economias. Presley Vasconcellos, de 33 anos, sempre soube disso e decidiu transformar conhecimento em finanças em um negócio. 

Ele criou uma mentoria financeira para ensinar pessoas a lidar com dinheiro e usou suas redes sociais para falar sobre economia, investimentos e empreendedorismo. Os números revelam o sucesso. São mais de 800 mil seguidores, 5 mil alunos pelo mundo e um faturamento que já ultrapassa o dobro do previsto para 2025. 

“Meu maior compromisso é mergulhar nos dados com profundidade, analisando metodologias, artigos e fundamentos para entender a origem das informações e, a partir disso, transformar teoria e evidências em conteúdo acessível”, conta. 

Como o negócio começou 

Mestre em Economia pela Universidade Estadual de Maringá, no Paraná, Presley concentrou sua pesquisa em pautas sociais e notou que, fora do meio acadêmico, esse conhecimento com frequência ficava limitado às revistas cientificas ou acabava engavetado. 

Foi nesse momento que o economista sentiu o desejo de devolver para a sociedade o conhecimento que adquiriu ao longo de sua trajetória na instituição, democratizando o acesso as informações acadêmicas através das redes. 

Ao pesquisar quem já produzia conteúdo sobre o tema, ficou claro que o cenário era dividido. De um lado, crescia o número de influenciadores digitais que se diziam especialistas, mas divulgavam informações sem muito fundamento. De outro, os profissionais de Economia falavam de forma extremamente acadêmica, distante da realidade de quem precisava entender o assunto. Diante desse cenário, ficou evidente a oportunidade de desenvolver um modelo de negócio. 

Deu tão certo que, hoje, Presley fecha parcerias com marcas sem precisar abordar o tema financeiro. Para ele, ao selecionar um influenciador, as empresas escolhem também o público que o acompanha. E, por reunir uma audiência ampla e diversa, ele transita com naturalidade entre diferentes nichos e consegue atender marcas variadas. 

O economista que virou referência em educação financeira. (Arquivo Pessoal / Presley Vasconcellos)

O economista que virou referência em educação financeira. (Arquivo Pessoal / Presley Vasconcellos)

O estilo de conteúdo 

Presley defende que, para desenvolver educação financeira, é essencial que seus seguidores entendam o contexto econômico em que estão inseridos, o histórico familiar e os recortes sociais. Esse entendimento vai além de acompanhar se o PIB está crescendo ou recuando, entender sobre taxa de juros ou inflação 

Por isso, sua estratégia foi observar atentamente o comportamento do público para entender como se inserir de forma relevante no debate econômico, oferecendo não apenas informação, mas também entretenimento.  

A intenção foi quebrar a imagem do economista excessivamente sério e técnico, abrindo espaço para uma comunicação mais descontraída. 

“A primeira coisa que eu tenho que fazer é conquistar as pessoas pela identificação, boa parte dos brasileiros não se identificam com uma pessoa de terno falando para uma câmera, mas se identificam com alguém que parece um amigo, sentado com eles em um café ou até em um bar” relatou. 

A intenção é traduzir esse conhecimento de um jeito que faça sentido para quem não é especialista, alcançando quem mais precisa entender o assunto. 

“Eu quero produzir um conteúdo para poder falar tanto para os meus colegas, que são economistas, como para minha avó, que ao assistir vai entender também como aquilo afeta ela no dia a dia.”

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O que vem agora 

Presley não tem como meta explodir nas redes, porque acredita que esses picos trazem uma audiência movida mais pela tendência do momento do que pelo interesse real no conteúdo. 

Na visão dele, o viral pode diluir o propósito do trabalho e comprometer a construção de uma comunidade alinhada aos temas que aborda. 

Em vez disso, o economista aposta em aprimorar a qualidade de seu conteúdo e crescer de forma sustentável, focando em atrair um público engajado e recorrente. A estratégia privilegia profundidade e consistência, mesmo que o ritmo seja mais lento, porque o objetivo é formar uma audiência fiel, capaz de sustentar o projeto no longo prazo. 

“A minha ideia é não chegar em uma viralização fora do comum, mas aos poucos, ir construindo essa audiência, justamente para ter tempo hábil de me preparar para recebê-la.”  

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