Publicado em 2 de dezembro de 2025 às 08h20.
Última atualização em 2 de dezembro de 2025 às 08h25.
Escalar um negócio de impacto sempre parece uma equação simples: mais projetos, mais clientes, mais áreas regeneradas. Na prática, é onde quase todo empreendedor trava.
No novo episódio do Choque de Gestão, reality show da EXAME com patrocínio de Santander Empresas e Claro Empresas, quem enfrenta esse desafio é a Regen, empresa de Valinhos (SP) criada por Luís Klöppel e Alexandre Satlher para acelerar a regeneração de ecossistemas degradados. Ou seja, eles ganham a vida plantando árvores.
A história começou em 2014, quando os dois iniciaram os primeiros testes de um modelo que conecta empresas dispostas a compensar suas emissões de carbono com proprietários rurais interessados em recuperar suas áreas.
Três anos depois, em 2017, veio o primeiro contrato. De lá para cá, a operação evoluiu, mas a dor central permaneceu: como captar investimento para ganhar escala.
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Hoje, a Regen atua justamente na interseção entre restauração ambiental e mercado de carbono. O modelo une tecnologia, monitoramento e parceiros rurais para executar projetos de reflorestamento e neutralização. A demanda das empresas cresce, mas a capacidade de execução depende de capital — e é aí que aparecem os obstáculos.
Luís e Alexandre querem ampliar o número de áreas atendidas, desenvolver novas metodologias e melhorar a infraestrutura de monitoramento. Só que a empresa ainda não conseguiu estabelecer uma rotina consistente de relacionamento com fundos e investidores.
“O maior desafio é saber se preparar para captar. Como apresentar o negócio, como construir credibilidade, como se relacionar com os fundos”, afirma Luís Klöppel.
É nesse ponto que entra a especialista convidada do episódio, a investidora anjo Cláudia Rosa. Logo no diagnóstico inicial, ela identifica o gargalo central: a Regen domina a parte técnica, mas ainda não traduziu essa expertise em uma narrativa de negócio capaz de atrair capital de risco.
Outro ponto crítico levantado por ela é a necessidade de estruturar processos. A empresa já executa projetos relevantes, mas precisa transformar esse repertório em uma tese clara, com pipeline, metas e previsibilidade. “Investidor quer ver futuro. A Regen tem potencial, mas precisa documentar como esse futuro acontece”, diz.
Ao final, a especialista compartilha algumas lições que podem ajudar outras startups que buscam captar recursos.
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