Como a IMX, de Eike Batista, quer roubar o show
Saiba mais sobre a empresa de entretenimento do bilionário Eike Batista e entenda como ela pretende dominar o mercado em pouco tempo
Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2012 às 15h09.
São Paulo – É difícil lembrar de algum tipo de negociação feita no ramo de entretenimento nos últimos tempos que não tenha envolvido o nome do empresário e homem mais rico do país, Eike Batista . Ou melhor, o de sua empresa do ramo, a IMX. É dela, por exemplo, o contrato fechado, em setembro, com o Cirque du Soleil para a América do Sul. O desafio de tornar o Rock in Rio uma marca global de música também, bem como todos os outros negócios mais divertidos e descontraídos de Eike.
Mas, afinal, quem é a IMX? Como ela está estruturada e pretende se tornar a maior empresa de entretenimento do Brasil? EXAME.com reuniu algumas dessas respostas abaixo. Saiba como funciona a empresa novata no setor que já tem contas grandes de dar inveja a muita concorrente.
Sem brincadeira
Em dezembro de 2011, o grupo EBX e a IMG Worldwide, empresa global de esportes, mídia e moda, criaram a IMX Holding para começar a atuar no ramo de entretenimento e esportes no Brasil. Naquele mesmo mês, a novata do mercado comprou a Brasil1 Esportes & Entretenimento, agência focada em esportes, entretenimento e administração de arenas. Com a aquisição, Eike agregou em seu portfólio eventos como o Ultimate Fighting Championship ( UFC ).
A empresa ainda levou para casa o direito de promover 58 eventos esportivos, 80% deles no Rio de Janeiro, de diversas modalidades, como competições de golfe, futevôlei, triathlon e esportes radicais.
4 pilares, 6 empresas
A IMX está dividida em quatro pilares de atuação: eventos (sports, live, arts), serviços (talent, hospitality, consulting e sales) venues (operação e administração) e digital (ticketing e distribuição de conteúdo). A operação é divida em seis empresas diferentes. “Todas totalmente focadas em suas áreas de atuação, com equipes e estratégias próprias”, explica Alan Adler, presidente da companhia.
As empresas que compõem a holding são:
IMX Sports: responsável pela criação, produção e promoção de eventos esportivos
IMX Arts: cuida de artes performáticas, como a apresentação do conteúdo ao vivo do Cirque du Soleil e explora a marca e as iniciativas de caráter social do Cirque du Soleil para o Brasil e a América do Sul
IMX Live: realiza entretenimento ao vivo. A empresa funciona em sociedade com a Rock World S.A para atuar na estruturação financeira e suporte para a expansão mundial da marca Rock in Rio
IMX Talent: faz a gestão de imagem e carreira de grandes talentos e a ativação de patrocínios e endorsements
IMX Digital: fornece a plataforma para a venda de ingresso e distribuição de conteúdo online
IMX Venues: faz a gestão e operação de estádios, arenas e outros espaços para eventos
Por enquanto, a IMX Digital e IMX Venues ainda não estão em atuação – as demais, já estão operando.
Estrutura da operação
Com negócios fechados atrás de negócios, a IMX dobrou de tamanho desde sua criação, em dezembro do ano passado. Hoje, a empresa conta com 80 funcionários, distribuídos entre a holding e as unidades de atuação.
“Estruturamos a holding para dar suporte para as operações, que crescem à medida que novos negócios são incorporados ou desenvolvidos pela empresa”, diz Alan Adler, presidente da companhia. A IMX não comenta as especulações sobre a possível abertura de capital no ano que vem.
Situada junto à sede do grupo EBX, no Centro do Rio, a empresa ainda conta com uma base operacional no Jardim Botânico, na capital do Rio de Janeiro, e um escritório em na capital paulista.
Comando e decisões
Alan Adler é o diretor-presidente, Rafael Lazarini, diretor de marketing e desenvolvimento de negócios e François Bloquiau, o diretor administrativo e financeiro.
Na área de eventos a empresa conta com três vice-presidentes, dois de Esportes (divididos por categorias) e um para operações e projetos especiais, além de outros três para a área de Serviços (comercial, gestão de talentos e hospitalidade). A área digital é comandada por um diretor.
Apesar de ser metade do grupo de Eike, metade do grupo estrangeiro, Adler garante que não há desavença nenhuma entre sócios na hora de tomar decisões. “Todas elas são respaldadas pela diretoria da holding e acionistas em conjunto”, afirma ele.
Aquisições e parcerias
É por meio da parte de Venus que a IMX pretende verticalizar seu negócio, motivo pelo qual nenhuma oportunidade de investimento passa ilesa pelos olhos da companhia. Entre os contratos que estão em negociação, o último divulgado é o da criação de uma arena de shows no Parque São Jorge, com o Corinthians.
“Quando o Maracanã abrir licitação, analisaremos a proposta para tomar a melhor decisão”, afirma Alan - há quase um ano notícias de que a empresa estaria de olho na concessão do estádio foram divulgadas.
Negócios divertidos
A partir do ano que vem, a IMX Arts vai trabalhar a marca Cirque du Soleil no Brasil e em toda a América do Sul. Além da produção dos espetáculos, com exceção do Corteo, que será produzido pela T4F, até então responsável pelo espetáculo, a IMX pretende explorar as vertentes de licenciamento de produtos e eventos especiais.
“Estamos estruturando a equipe de trabalho, que será responsável pelo primeiro projeto que acontecerá em 2013”, diz o executivo.
A empresa de entretenimento de Eike também tem a missão de fazer do Rock in Rio uma marca global de música. Isso desde que metade das ações do festival de música foram compradas, em maio, da Rock World, proprietária da marca Rock in Rio, controlada pelo empresário Roberto Medina.
O acordo entre as partes prevê investimento estimado em 350 milhões de dólares nos próximos cinco anos para a expansão do evento para outros países da América Latina, Estados Unidos e Ásia, além dos planos de desenvolver novos produtos com a marca.
“Já temos o musical produzido em parceria com a Aventura que estreia agora no final do ano e a escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel que terá o Rock in Rio como enredo do seu desfile em 2013”, afirma Alan.
Copa do Mundo e Jogos Olímpicos
Para a empresa, os eventos esportivos serão um grande estímulo de crescimento para o setor de entretenimento no país. Baseada nessa ideia, a IMX já conta com negócios diretamente relacionados aos megaeventos.
Um deles é o de consultoria em marketing esportivo. Nessa área, nem o atacante Neymar, dono da camisa 11 do Santos e da Seleção Brasileira, conseguiu fugir das ofertas de Eike. Por meio da IMX Talent, o empresário fechou contrato para explorar a imagem do cobiçado e popular jogador santista. O acordo prevê auxílio na assessoria do craque alvinegro, além de planejamento de carreira e pós-carreira, bem como a possibilidade de negócios internacionais.
“Mas nosso planejamento é muito mais direcionado às oportunidades que virão depois da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos”, diz a Alan.
Atletas + músicas faz sentido? “Faz. Nossa visão não se trata de negócios diferentes, mas complementares”, afirma Adler. “Conhecemos e respeitamos as particularidades de cada área e por isso elas estão dividas em verticais, gerenciadas por especialistas no assunto”, diz.
Além do eixo Rio-São Paulo
A empresa acredita que em breve o mercado do entretenimento no Brasil extrapolará em muito o eixo Rio-São Paulo. “Já realizamos projetos de sucesso em outras praças como a Volvo Ocean Race em Itajaí e o UFC em Belo Horizonte. Também temos projetos em Brasília, Curitiba e Recife”, afirmou o executivo.
São Paulo – É difícil lembrar de algum tipo de negociação feita no ramo de entretenimento nos últimos tempos que não tenha envolvido o nome do empresário e homem mais rico do país, Eike Batista . Ou melhor, o de sua empresa do ramo, a IMX. É dela, por exemplo, o contrato fechado, em setembro, com o Cirque du Soleil para a América do Sul. O desafio de tornar o Rock in Rio uma marca global de música também, bem como todos os outros negócios mais divertidos e descontraídos de Eike.
Mas, afinal, quem é a IMX? Como ela está estruturada e pretende se tornar a maior empresa de entretenimento do Brasil? EXAME.com reuniu algumas dessas respostas abaixo. Saiba como funciona a empresa novata no setor que já tem contas grandes de dar inveja a muita concorrente.
Sem brincadeira
Em dezembro de 2011, o grupo EBX e a IMG Worldwide, empresa global de esportes, mídia e moda, criaram a IMX Holding para começar a atuar no ramo de entretenimento e esportes no Brasil. Naquele mesmo mês, a novata do mercado comprou a Brasil1 Esportes & Entretenimento, agência focada em esportes, entretenimento e administração de arenas. Com a aquisição, Eike agregou em seu portfólio eventos como o Ultimate Fighting Championship ( UFC ).
A empresa ainda levou para casa o direito de promover 58 eventos esportivos, 80% deles no Rio de Janeiro, de diversas modalidades, como competições de golfe, futevôlei, triathlon e esportes radicais.
4 pilares, 6 empresas
A IMX está dividida em quatro pilares de atuação: eventos (sports, live, arts), serviços (talent, hospitality, consulting e sales) venues (operação e administração) e digital (ticketing e distribuição de conteúdo). A operação é divida em seis empresas diferentes. “Todas totalmente focadas em suas áreas de atuação, com equipes e estratégias próprias”, explica Alan Adler, presidente da companhia.
As empresas que compõem a holding são:
IMX Sports: responsável pela criação, produção e promoção de eventos esportivos
IMX Arts: cuida de artes performáticas, como a apresentação do conteúdo ao vivo do Cirque du Soleil e explora a marca e as iniciativas de caráter social do Cirque du Soleil para o Brasil e a América do Sul
IMX Live: realiza entretenimento ao vivo. A empresa funciona em sociedade com a Rock World S.A para atuar na estruturação financeira e suporte para a expansão mundial da marca Rock in Rio
IMX Talent: faz a gestão de imagem e carreira de grandes talentos e a ativação de patrocínios e endorsements
IMX Digital: fornece a plataforma para a venda de ingresso e distribuição de conteúdo online
IMX Venues: faz a gestão e operação de estádios, arenas e outros espaços para eventos
Por enquanto, a IMX Digital e IMX Venues ainda não estão em atuação – as demais, já estão operando.
Estrutura da operação
Com negócios fechados atrás de negócios, a IMX dobrou de tamanho desde sua criação, em dezembro do ano passado. Hoje, a empresa conta com 80 funcionários, distribuídos entre a holding e as unidades de atuação.
“Estruturamos a holding para dar suporte para as operações, que crescem à medida que novos negócios são incorporados ou desenvolvidos pela empresa”, diz Alan Adler, presidente da companhia. A IMX não comenta as especulações sobre a possível abertura de capital no ano que vem.
Situada junto à sede do grupo EBX, no Centro do Rio, a empresa ainda conta com uma base operacional no Jardim Botânico, na capital do Rio de Janeiro, e um escritório em na capital paulista.
Comando e decisões
Alan Adler é o diretor-presidente, Rafael Lazarini, diretor de marketing e desenvolvimento de negócios e François Bloquiau, o diretor administrativo e financeiro.
Na área de eventos a empresa conta com três vice-presidentes, dois de Esportes (divididos por categorias) e um para operações e projetos especiais, além de outros três para a área de Serviços (comercial, gestão de talentos e hospitalidade). A área digital é comandada por um diretor.
Apesar de ser metade do grupo de Eike, metade do grupo estrangeiro, Adler garante que não há desavença nenhuma entre sócios na hora de tomar decisões. “Todas elas são respaldadas pela diretoria da holding e acionistas em conjunto”, afirma ele.
Aquisições e parcerias
É por meio da parte de Venus que a IMX pretende verticalizar seu negócio, motivo pelo qual nenhuma oportunidade de investimento passa ilesa pelos olhos da companhia. Entre os contratos que estão em negociação, o último divulgado é o da criação de uma arena de shows no Parque São Jorge, com o Corinthians.
“Quando o Maracanã abrir licitação, analisaremos a proposta para tomar a melhor decisão”, afirma Alan - há quase um ano notícias de que a empresa estaria de olho na concessão do estádio foram divulgadas.
Negócios divertidos
A partir do ano que vem, a IMX Arts vai trabalhar a marca Cirque du Soleil no Brasil e em toda a América do Sul. Além da produção dos espetáculos, com exceção do Corteo, que será produzido pela T4F, até então responsável pelo espetáculo, a IMX pretende explorar as vertentes de licenciamento de produtos e eventos especiais.
“Estamos estruturando a equipe de trabalho, que será responsável pelo primeiro projeto que acontecerá em 2013”, diz o executivo.
A empresa de entretenimento de Eike também tem a missão de fazer do Rock in Rio uma marca global de música. Isso desde que metade das ações do festival de música foram compradas, em maio, da Rock World, proprietária da marca Rock in Rio, controlada pelo empresário Roberto Medina.
O acordo entre as partes prevê investimento estimado em 350 milhões de dólares nos próximos cinco anos para a expansão do evento para outros países da América Latina, Estados Unidos e Ásia, além dos planos de desenvolver novos produtos com a marca.
“Já temos o musical produzido em parceria com a Aventura que estreia agora no final do ano e a escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel que terá o Rock in Rio como enredo do seu desfile em 2013”, afirma Alan.
Copa do Mundo e Jogos Olímpicos
Para a empresa, os eventos esportivos serão um grande estímulo de crescimento para o setor de entretenimento no país. Baseada nessa ideia, a IMX já conta com negócios diretamente relacionados aos megaeventos.
Um deles é o de consultoria em marketing esportivo. Nessa área, nem o atacante Neymar, dono da camisa 11 do Santos e da Seleção Brasileira, conseguiu fugir das ofertas de Eike. Por meio da IMX Talent, o empresário fechou contrato para explorar a imagem do cobiçado e popular jogador santista. O acordo prevê auxílio na assessoria do craque alvinegro, além de planejamento de carreira e pós-carreira, bem como a possibilidade de negócios internacionais.
“Mas nosso planejamento é muito mais direcionado às oportunidades que virão depois da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos”, diz a Alan.
Atletas + músicas faz sentido? “Faz. Nossa visão não se trata de negócios diferentes, mas complementares”, afirma Adler. “Conhecemos e respeitamos as particularidades de cada área e por isso elas estão dividas em verticais, gerenciadas por especialistas no assunto”, diz.
Além do eixo Rio-São Paulo
A empresa acredita que em breve o mercado do entretenimento no Brasil extrapolará em muito o eixo Rio-São Paulo. “Já realizamos projetos de sucesso em outras praças como a Volvo Ocean Race em Itajaí e o UFC em Belo Horizonte. Também temos projetos em Brasília, Curitiba e Recife”, afirmou o executivo.