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Como a Dafiti alcançou o recorde de R$ 1 bilhão em vendas

Assim como outras empresas do comércio eletrônico, a Dafiti também investiu pesado na infraestrutura logística, para sua própria operação e de parceiros

Centro de distribuição da varejista de moda Dafiti (Dafiti/Rafael Roncato/Divulgação)

Centro de distribuição da varejista de moda Dafiti (Dafiti/Rafael Roncato/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 12 de novembro de 2020 às 16h54.

Última atualização em 17 de novembro de 2020 às 14h08.

O grupo Dafiti, que inclui ainda as marcas Kanui e Tricae, bateu um recorde de vendas no terceiro trimestre do ano. Com crescimento de 52%, a varejista de moda online atingiu 1 bilhão de reais em vendas no período. O número de clientes ativos chegou a 7,3 milhões, alta de 30%. A empresa diz que alcançou Ebitda positivo e lucro no período, mas não abre o valor. 

Além do Brasil, o grupo Dafiti tem operações na Argentina, Chile e Colômbia e faz parte do Global Fashion Group (GFG), que também atua no sudeste asiático, Oriente Médio e Oceania. No segundo trimestre do ano, o volume total de vendas chegou a 867 milhões de reais, alta de 27%. Um dos motores de crescimento foi o seu marketplace. A empresa de moda vende de móveis a jóias e brinquedos. Cerca de 500 novos vendedores chegaram à plataforma no trimestre, como Vivara, Ri Happy e Fom. 

A Dafiti não abre a participação das vendas de marketplace no total das receitas, mas diz que no grupo cerca de um terço das vendas é feito pelos lojistas terceiros.

“Ter um portfólio mais amplo se comprovou muito importante na pandemia. Temos produtos de beleza, de casa e decoração, que alavancaram bastante durante esse período”, diz Malte Huffmann, cofundador. Essa variedade também deve ajudar a companhia na Black Friday, acredita o diretor.

Logística

Assim como outras empresas do comércio eletrônico, a Dafiti também investiu pesado na infraestrutura logística, para sua própria operação e de vendedores parceiros.

No início do ano, a empresa investiu 42 milhões de euros em um novo centro de distribuição para acelerar as entregas, cerca de 210 milhões de reais, ao mesmo tempo em que acelera a adoção de seu novo serviço de assinatura Prime, com frete grátis e mais veloz. Para o marketplace, a Dafiti oferece o serviço de coleta das vendas nos estoques dos vendedores parceiros, para entrega por seus próprios parceiros logísticos.

(EXAME Research/Exame)

A empresa trouxe o serviço de entrega por bicicleta para a cidade de São Paulo, já disponível no Chile. “Tudo o que investimos em logística ajuda a acelerar o processo de entrega final”, diz Philipp Povel, presidente e confundador. 

Dafiti: varejista de moda traz serviço de entregas por bicicleta para São Paulo (Dafiti/Divulgação)

O pós-venda e a devolução das peças que não serviram também é um passo importante da logística da empresa. Recentemente, a Dafiti lançou o serviço de coleta em casa para a cidade de São Paulo, para que as pessoas não precisassem sair e ficar em uma fila na agência dos Correios para devolver uma peça. “O mais importante não é só a entrega ser rápida, mas adequada para o tipo de produto que estamos vendendo”, afirma Povel. 

A empresa, totalmente digital, foi impulsionada pela pandemia. Segundo a empresa,  muitos varejistas precisaram migrar rapidamente para o marketplace, o que fortaleceu a sua plataforma. 

Porém, apesar da reabertura do comércio físico, a Dafiti espera continuar crescendo de maneira acelerada. "Estamos convencidos que a adoção do e-commerce na nossa região é algo sustentável e vamos ver taxas de crescimento fortes apesar da reabertura", diz o presidente.

 

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