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Comissão autoriza preparação de tarifas contra Bombardier nos EUA

O caso pode resultar em agressivos impostos sobre os mais novos jatos da Bombardier de 110 a 130 assentos

Bombardier: o caso intensificou as tensões comerciais entre os EUA e o Canadá (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

Bombardier: o caso intensificou as tensões comerciais entre os EUA e o Canadá (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 9 de junho de 2017 às 17h42.

Washington - A Comissão Comércio Internacional dos Estados Unidos deu, nesta sexta-feira, sinal verde para o Departamento de Comércio do país começar a preparar tarifas antidumping e anti-subsídios contra os novos jatos da canadense Bombardier, com base em alegações feitas pela rival norte-americana Boeing.

Conforme esperado, a comissão votou pela continuação de uma investigação sobre uma queixa da Boeing de que a Bombardier teria colocado seu jato CSeries no mercado norte-americano a preços abaixo do custo, além de ter se beneficiado de subsídios desleais.

O caso pode resultar em agressivos impostos sobre os mais novos jatos da Bombardier de 110 a 130 assentos.

O Departamento de Comércio dos EUA agora deve determinar qualquer tarifa preliminar anti-subsídio até 22 de julho, enquanto o prazo final para aplicação de taxas antidumping se encerra em torno de 3 de outubro.

A comissão terá palavra final sobre a cobrança ou rejeição das tarifas.

O caso intensificou as tensões comerciais entre os Estados Unidos e o vizinho Canadá.

O porta-voz da Bombardier, Mike Nadolski, disse por email que a decisão "era esperada, dada a exigência muito baixa para a Boeing neste primeiro passo do processo. Mais adiante, estamos confiante de que uma revisão e análise detalhadas dos fatos irão demonstrar que a queixa da Boeing não tem mérito."

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores canadense, Alex Lawrence, reiterou que o seu país defenderá os interesses da indústria aeroespacial e de seus trabalhadores.

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