Com reestruturação, GOL fica menor e tem lucro
Variação do real ante o dólar impulsionou lucro da empresa, que apresentou lucro pelo 2º trimestre seguido depois de anos no vermelho
Karin Salomão
Publicado em 16 de agosto de 2016 às 11h42.
São Paulo – A valorização do real frente ao dólar impulsionou os resultados financeiros da GOL no 2º trimestre, levando a companhia aérea a lucro de R$ 309,5 milhões.
A reestruturação da empresa, que reduziu número de voos e da frota de aeronaves e diminuiu a dívida, também foi importante para o 2o trimestre consecutivo de lucros, depois de anos no vermelho.
A variação cambial positiva em relação ao trimestre anterior gerou ganho de R$778,8 milhões para a empresa . O valor não tem efeito no caixa da empresa, impactando apenas o resultado financeiro.
Ainda que, nesse trimestre, a flutuação do dólar tenha sido benéfica, já foi motivo de muita dor de cabeça para a companhia aérea .
Nos trimestres anteriores, o dólar mais forte foi um dos principais motivos para os prejuízos, ao aumentar sua dívida e impactar os custos, que são em grande parte gastos com combustíveis feitos na moeda estrangeira.
A GOL acredita que ainda está muito exposta à mudança no câmbio. “Essa questão ainda merece toda atenção e estamos tomando medidas para reduzir a dívida em dólar”, afirmou Paulo Kakinoff, presidente da companhia.
Em julho, ela também concluiu uma oferta privada de troca para seus bonds em dólares, o que reduziu a dívida total em US$ 101,8 milhões, cerca de R$ 326,8 milhões.
Além do real mais forte, outro motivo a diminuir os custos da empresa no trimestre foi a queda de 28% nos gastos com cobustíveis por causa do preço baixo do barril de petróleo.
Segundo o presidente, a empresa já conseguiu o breakeven, ou seja, o equilíbrio entre custos e receitas, e espera terminar o ano no azul.
Para reduzir a pressão de pesados pagamentos que ela precisaria fazer em 2016 e 2017, a companhia aérea renegociou o cronograma de pagamentos de debêntures com bancos brasileiros, totalizando R$ 1,02 bilhão.
Diminuiu de tamanho
A companhia está dando os últimos passos de uma grande reestruturação que começou no fim do ano passado.
Ela reduziu a malha de voos, cortou alguns destinos e encolheu a oferta de assentos para adequar o tamanho da empresa ao mercado atual de crise econômica. O número os assentos disponíveis no 2º trimestre foi 9,3% menor, em relação ao ano passado.
A GOL adiou entregas de novas aeronaves da Boeing e antecipou a devolução de mais 15 aeronaves que estavam arrendadas. No final de 2016, ela estará operando 122 aeronaves, em comparação às 144 aeronaves do fim de 2015.
O desafio, segundo o presidente, é manter o nível de receita mesmo com uma operação menor. No trimestre, a receita líquida foi de R$ 2,09 bilhões, queda de 2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
São Paulo – A valorização do real frente ao dólar impulsionou os resultados financeiros da GOL no 2º trimestre, levando a companhia aérea a lucro de R$ 309,5 milhões.
A reestruturação da empresa, que reduziu número de voos e da frota de aeronaves e diminuiu a dívida, também foi importante para o 2o trimestre consecutivo de lucros, depois de anos no vermelho.
A variação cambial positiva em relação ao trimestre anterior gerou ganho de R$778,8 milhões para a empresa . O valor não tem efeito no caixa da empresa, impactando apenas o resultado financeiro.
Ainda que, nesse trimestre, a flutuação do dólar tenha sido benéfica, já foi motivo de muita dor de cabeça para a companhia aérea .
Nos trimestres anteriores, o dólar mais forte foi um dos principais motivos para os prejuízos, ao aumentar sua dívida e impactar os custos, que são em grande parte gastos com combustíveis feitos na moeda estrangeira.
A GOL acredita que ainda está muito exposta à mudança no câmbio. “Essa questão ainda merece toda atenção e estamos tomando medidas para reduzir a dívida em dólar”, afirmou Paulo Kakinoff, presidente da companhia.
Em julho, ela também concluiu uma oferta privada de troca para seus bonds em dólares, o que reduziu a dívida total em US$ 101,8 milhões, cerca de R$ 326,8 milhões.
Além do real mais forte, outro motivo a diminuir os custos da empresa no trimestre foi a queda de 28% nos gastos com cobustíveis por causa do preço baixo do barril de petróleo.
Segundo o presidente, a empresa já conseguiu o breakeven, ou seja, o equilíbrio entre custos e receitas, e espera terminar o ano no azul.
Para reduzir a pressão de pesados pagamentos que ela precisaria fazer em 2016 e 2017, a companhia aérea renegociou o cronograma de pagamentos de debêntures com bancos brasileiros, totalizando R$ 1,02 bilhão.
Diminuiu de tamanho
A companhia está dando os últimos passos de uma grande reestruturação que começou no fim do ano passado.
Ela reduziu a malha de voos, cortou alguns destinos e encolheu a oferta de assentos para adequar o tamanho da empresa ao mercado atual de crise econômica. O número os assentos disponíveis no 2º trimestre foi 9,3% menor, em relação ao ano passado.
A GOL adiou entregas de novas aeronaves da Boeing e antecipou a devolução de mais 15 aeronaves que estavam arrendadas. No final de 2016, ela estará operando 122 aeronaves, em comparação às 144 aeronaves do fim de 2015.
O desafio, segundo o presidente, é manter o nível de receita mesmo com uma operação menor. No trimestre, a receita líquida foi de R$ 2,09 bilhões, queda de 2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.