Com fusão, Pão de Açúcar concentrará vendas em SP
Nova empresa teria 69% das vendas no varejo do estado de São Paulo, o principal mercado consumidor do país
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2011 às 09h43.
São Paulo - Se a proposta de fusão entre a operação brasileira do Carrefour e o Grupo Pão de Açúcar for concretizada, as gigantes do varejo terão 69% das vendas no Estado de São Paulo. Apesar do que diz Abilio Diniz, isso significa que as duas empresas podem atingir no principal mercado consumidor do País uma concentração que é mais que o dobro que elas juntas terão nacionalmente (32%).
Os cálculos foram feitos por analistas de varejo com base em dados de 2010 do setor, apurados pela Nielsen para a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e projeções de mercado. Em 2010, a receita nacional do setor de supermercados somou R$ 201,6 bilhões, segundo a Abras. As vendas no Estado de São Paulo atingiram R$ 61,3 bilhões. Pão de Açúcar e Carrefour juntos faturaram nacionalmente R$ 65,1 bilhões e, no Estado de São Paulo, R$ 42,6 bilhões.
A forte concentração de mercado no Estado, que é o parâmetro das negociações para o restante do País, já tira o sono dos fornecedores, preocupados com a perda de poder de barganha, caso se forme esse mega varejista. Também os trabalhadores temem o corte no emprego, especialmente de setores nos quais será possível obter uma grande economia de custos, como logística e administração. Na semana passada, quando tornou-se pública a proposta de união das duas empresas, um dos pontos ressaltados foi a economia de custos do negócio, que pode chegar a R$ 1,8 bilhão.
"Todas as indústrias estão preocupadas, até as grandes", afirma uma fonte do setor que prefere o anonimato. O temor dos fabricantes é a perda de força nas negociações, que envolve mais descontos nos preços, exigência de verbas maiores para marketing, por exemplo, e até redução dos volumes vendidos. "Nenhuma fusão amplia o faturamento", diz a fonte. Normalmente há uma redução de vendas da ordem de 5%, quando as empresas se unem.
Entre os setores que podem ser mais afetados com a união das duas empresas estão aqueles nos quais há inúmeros fabricantes, como o de massas alimentícias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Se a proposta de fusão entre a operação brasileira do Carrefour e o Grupo Pão de Açúcar for concretizada, as gigantes do varejo terão 69% das vendas no Estado de São Paulo. Apesar do que diz Abilio Diniz, isso significa que as duas empresas podem atingir no principal mercado consumidor do País uma concentração que é mais que o dobro que elas juntas terão nacionalmente (32%).
Os cálculos foram feitos por analistas de varejo com base em dados de 2010 do setor, apurados pela Nielsen para a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e projeções de mercado. Em 2010, a receita nacional do setor de supermercados somou R$ 201,6 bilhões, segundo a Abras. As vendas no Estado de São Paulo atingiram R$ 61,3 bilhões. Pão de Açúcar e Carrefour juntos faturaram nacionalmente R$ 65,1 bilhões e, no Estado de São Paulo, R$ 42,6 bilhões.
A forte concentração de mercado no Estado, que é o parâmetro das negociações para o restante do País, já tira o sono dos fornecedores, preocupados com a perda de poder de barganha, caso se forme esse mega varejista. Também os trabalhadores temem o corte no emprego, especialmente de setores nos quais será possível obter uma grande economia de custos, como logística e administração. Na semana passada, quando tornou-se pública a proposta de união das duas empresas, um dos pontos ressaltados foi a economia de custos do negócio, que pode chegar a R$ 1,8 bilhão.
"Todas as indústrias estão preocupadas, até as grandes", afirma uma fonte do setor que prefere o anonimato. O temor dos fabricantes é a perda de força nas negociações, que envolve mais descontos nos preços, exigência de verbas maiores para marketing, por exemplo, e até redução dos volumes vendidos. "Nenhuma fusão amplia o faturamento", diz a fonte. Normalmente há uma redução de vendas da ordem de 5%, quando as empresas se unem.
Entre os setores que podem ser mais afetados com a união das duas empresas estão aqueles nos quais há inúmeros fabricantes, como o de massas alimentícias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.