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Com ContaSuper, Santander quer ser o rei do pré-pago

Hoje com 360 mil clientes no sistema, o Santander quer chegar a 500 mil no fim de 2016, mas "tem potencial para conquistar 1 milhão de pessoas”


	Santander: Hoje com 360 mil clientes no sistema, o Santander quer chegar a 500 mil no fim de 2016
 (Thinkstock/Oliver Hoffmann)

Santander: Hoje com 360 mil clientes no sistema, o Santander quer chegar a 500 mil no fim de 2016 (Thinkstock/Oliver Hoffmann)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 15 de março de 2016 às 09h29.

São Paulo - O Santander anunciou nesta segunda-feira, 14, a aquisição dos 50% restantes da ContaSuper, sistema digital de pagamentos e cartões pré-pagos.

A primeira metade da startup foi adquirida em janeiro de 2015, por 31 milhões de reais. A fatia restante passou para o controle do Santander por 119 milhões de reais.

“Passamos todo o ano de 2015 testando esse produto, a parceria entre o Santander e a Conta Super”, disse Ezequiel Archipretre, que era superintendente de produtos no varejo do Santander e passa a ser presidente da Conta Super.

Márcio Salomão, fundador da ContaSuper, permanece na empresa. 

No momento da aquisição, o serviço tinha 200 mil clientes e o objetivo era aumentar esse número para 250 mil em um ano. No entanto, no final de 2015 eram 360 mil clientes. “Por causa do crescimento de 80%, aceleramos a parceria e a compra dos outros 50%”, diz o executivo.

A compra de 100% da empresa já estava prevista no ano passado. Para 2016, eles querem atingir, pelo menos, 500 mil clientes. “Mas temos potencial para conquistar 1 milhão de pessoas”, diz Archipretre.

A startup surgiu como um sistema de folha de pagamento, totalmente digital e com um cartão pré-pago. Ela não torna o cliente um correntista do Santander, mas pode ser um caminho para que o banco ofereça outros serviços.

Público-alvo

A ContaSuper quer conquistar principalmente dois públicos: os de alta renda e aqueles que ainda não têm conta em banco.

Segundo ele, o cartão é “um braço 100% digital do banco, mais ágil, sem burocracia e sem as filas do sistema bancário tradicional”. 

Um dos alvos são pessoas de alta renda, que querem usar um cartão pré-pago para dar mesada aos filhos e pagar empregados domésticos, por exemplo. Universitários, que estão abrindo sua primeira conta, também estão no foco da empresa. 

Outro público alvo é a população que ainda não é bancarizada no Brasil. "Temos bastantes clientes no agronegócio, safristas e pessoas em setores de alto turn over, que ainda recebiam pagamentos em dinheiro", diz Archipretre.

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