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Cobrança com sabor local

Para incrementar o faturamento, a Hoepers planeja abrir¿filiais em regiões onde ainda não atua,¿a fim de¿conhecer melhor¿esses mercados e traçar estratégias mais adequadas

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A Hoepers planeja crescer pelo menos 40% este ano, atingindo um faturamento de 45 milhões de reais. Até o final de 2004, a empresa quer abrir pelo menos mais seis filiais, acompanhando o movimento dos seus clientes. Só a financeira Losango, a maior no segmento de crédito pessoal do país, quer dobrar a sua rede de 150 para 300 lojas até dezembro. "Com as filiais, aumentamos o nosso índice de recuperação, pois conhecemos a região e definimos estratégias específicas para ela", diz Manfredo Hoepers, presidente da Hoepers.

No caso da Lojas Renner, um dos clientes da empresa, o fato da Hoepers possuir várias filiais tem contado pontos. A Renner repassa cerca de 40% dos seus títulos vencidos há mais de 180 dias para a Hoepers. Dos oito estados onde a Renner está presente, apenas a unidade de Vitória, no Espírito Santo, não trabalha com a empresa. O motivo? A Hoepers ainda não possui filial no Espírito Santo. "Os nossos clientes ainda preferem ter um contato pessoal para acertarem suas dívidas", observa José Carlos Hruby, diretor administrativo-financeiro da Lojas Renner. O resultado para a Hoepers também tem agradado. "Por estarmos presentes localmente, conseguimos negociar comissões melhores", diz Manfredo.

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Outro fator positivo para o crescimento da Hoepers tem sido os processos ainda em curso de aquisições de financeiras por parte de bancos. A Fininvest, por exemplo, comprada pelo Unibanco, já era cliente da Hoepers há 14 anos. "Com a compra, acabamos ganhando o cliente Unibanco", diz Manfredo. E assim tem acontecido com outras financeiras, como a Zogby e a Finasa, adquiridas pelo Bradesco, e a Losango, incorporada pelo HSBC. "A tendência é que as financeiras acabem nas mãos de quatro ou cinco bancos", diz Manfredo.

O mercado cresce e a tarefa de cobrar os inadimplentes está ficando cada vez mais difícil. "Hoje a Hoepers precisa fazer cerca de 13 contatos para cobrar um inadimplente. Anos atrás, bastavam 5", diz Sigisfredo Hoepers, presidente do conselho de administração da companhia. E quando é que um cobrador joga a toalha? "Nós os treinamos para não desistirem nunca".

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