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Citi reduz projeção de queda do PIB em 2016

No seu cenário base, Kfoury vê o governo Temer conseguindo aprovar apenas algumas das reformas fiscais que a equipe econômica vem propondo


	Citi: ainda no cenário base dos economistas do Citibank, o PIB deve crescer 0,6% em 2017, com a inflação subindo 6,9% neste ano
 (Timothy A. Clary/AFP)

Citi: ainda no cenário base dos economistas do Citibank, o PIB deve crescer 0,6% em 2017, com a inflação subindo 6,9% neste ano (Timothy A. Clary/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2016 às 13h31.

São Paulo - Diante das recentes votações no Congresso e também da turbulência causada pelas revelações da Operação Lava Jato, o superintendente do Departamento Econômico do Citi Brasil, Marcelo Kfoury, elevou de 55% para 65% a probabilidade de seu cenário base em relação ao Brasil - que ele batizou em inglês de "bright side" -, resultando numa melhora da sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de uma contração de 3,7% para uma queda menor, de 3,1%, em 2016.

"Esse cenário abre espaço para um ciclo de afrouxamento monetário de 150 pontos-base no segundo semestre de 2016, mas agora nós vemos o primeiro corte da taxa Selic apenas na reunião do Copom de agosto", escreveu Kfoury, em relatório enviado a clientes e assinado também pelos economistas Leonardo Porto e Mauricio Une.

No seu cenário base, Kfoury vê o governo Temer conseguindo aprovar apenas algumas das reformas fiscais que a equipe econômica vem propondo.

"A razão do nosso maior ceticismo vem do fato de Temer provavelmente enfrentar dificuldades políticas mais cedo do que o previsto em razão das investigações em curso", disse Kfoury na nota.

Todavia, ele ressaltou que a aprovação da DRU (desvinculação de receitas da União) e da meta fiscal de déficit de R$ 170,5 bilhões em 2016 significa que a incursão de Temer no Congresso tem sido bem sucedida até o momento.

Ainda no cenário base dos economistas do Citibank, o PIB deve crescer 0,6% em 2017, com a inflação subindo 6,9% neste ano e 5,7% no ano que vem.

O Citi também trabalha com outros dois cenários: o mais otimista (chamado pelos economistas do banco de "Upbeat bullish", com 25% de probabilidade de acontecer), no qual Temer é bem sucedido em colocar a economia brasileira de volta a um ciclo virtuoso, e o mais pessimista (batizado de "Stern defiance", com apenas 10% de chance de ocorrer), em que a presidente afastada Dilma Rousseff consegue sobreviver ao processo de impeachment.

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