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Cielo perde clientes e lucro aumenta

Um dos motivos é o aumento da concorrência para a empresa que é líder de mercado há quase uma década

Cielo (Divulgação/Cielo/Divulgação)

Karin Salomão

Publicado em 31 de outubro de 2017 às 17h56.

São Paulo - Com cada vez mais concorrentes, a Cielo perdeu clientes. Isso, no entanto, não impediu a companhia de apresentar um lucro 0,8% maior, de 1,01 bilhão de reais, no 3° trimestre do ano. Como consequência, as ações cresceram quase 10% hoje.

Um dos motivos para a perda de clientes é o aumento da concorrência. A única grande concorrente era a Rede, do Itaú, e a Cielo dominava o mercado há quase uma década.

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Porém, desde o meio do ano passado, não há mais exclusividade entre a bandeira Elo e as máquinas de cartão da Cielo. Além disso, surgiram diversos concorrentes nos últimos anos, como Santander, Stone (Arpex Capital e do Banco Pan), Bin (da First Data), Vero (do Banrisul) e PagSeguro (do UOL). Até o Corinthians lançou sua maquininha, a Fielzinha.

No último trimestre, a empresa passou por uma limpeza e desativou terminais inativos. "Como esse processo ocorreu de forma mais acentuada no segundo semestre do ano passado e início desse ano, tivemos um número de terminais inativos que ao longo dos meses não geravam mais receita e que foram, consequentemente, deletados de nossa base", disse a empresa, por e-mail.

Assim, o número de pontos de venda ativos totalizou 1,5 milhão ao final do trimestre, uma redução de 11,6% sobre o ano passado. São considerados ativos aqueles pontos de venda que realizaram pelo menos uma transação nos últimos 30 dias.

A queda no número de maquininhas impactou a receita líquida da Cielo, que totalizou 2,93 bilhões de reais no trimestre, queda de 4,3%.

Por outro lado, com menos equipamentos, os custos também caíram 8,7% por conta da menor demanda de manutenção e instalação de terminais de captura.

Apesar disso, as maquininhas foram mais eficientes. Sem considerar o agronegócio, mais de 155 bilhões de reais passaram pelos terminais da Cielo no 3° trimestre, aumento de 11,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

"Nossa leitura é de que há gradual recuperação no mercado e que a tendência é de uma melhora de nosso mix de volumes, com crédito ganhando maior espaço depois de longo aumento de nossa exposição ao débito", afirmou a empresa por email.

A Cielo acredita que a queda dá sinais de estabilidade. "O processo todo de deleção (de terminais inativos) leva, geralmente, 6 meses, o que nos faz crer que estejamos entrando em um processo de acomodação da nossa base. Uma vez que as deleções diminuam, devemos ter uma desaceleração do ritmo de queda de nossa base a partir de agora", afirmou a companhia.

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