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Cielo espera redução de R$185 mi no lucro após mudança contábil

A empresa informou que passou a adotar critérios contábeis aplicados por outras instituições integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)

Cielo: a alteração vai reduzir os resultados de 2018 e 2019 da Cielo em cerca de R$ 43 mi (Cielo/Divulgação)

Cielo: a alteração vai reduzir os resultados de 2018 e 2019 da Cielo em cerca de R$ 43 mi (Cielo/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 3 de julho de 2017 às 19h18.

Última atualização em 3 de julho de 2017 às 19h53.

São Paulo - A empresa de meios eletrônicos de pagamento Cielo informou nesta segunda-feira que espera uma redução de cerca de 185 milhões de reais no lucro de 2017 em função de mudança no tratamento contábil de seus números, após o Banco Central habilitar a companhia para atuar como credenciadora.

Com isso, a empresa informou que passou a adotar critérios contábeis aplicados por outras instituições integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).

Além do resultado de 2017, a alteração vai reduzir os resultados de 2018 e 2019 da Cielo em cerca de 43 milhões de reais, informou a empresa.

A mudança no critério contábil --antes a empresa adotava normais internacionais reunidas sob o IFRS-- também vai implicar em uma redução nas linhas "reservas de lucros" e "outros resultados abrangentes" no valor total de cerca de 1,383 bilhão de reais. Com isso, o patrimônio líquido de 12,9 bilhões de reais em 2016 passará a 11,5 bilhões.

Segundo a Cielo, ao adotar as regras do Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (Cosif), "a amortização do saldo de ágio será feita de forma retrospectiva, desde a data originária de aquisição de investimento pela companhia e de acordo com os prazos dos projetos que o justificaram, limitados a cinco anos", afirmou a Cielo em comunicado ao mercado.

A companhia informou ainda que diante do novo marco regulatório das instituições de pagamento integrantes do SPB passará a reconhecer como ativo o contas a receber de emissores de cartões e como passivo contas a pagar a estabelecimentos.

"O aumento do ativo e passivo é estimado em aproximadamente 51 bilhões de reais ... saindo de um saldo consolidado em 31 de março de 31 bilhões para 82 bilhões de reais, sem qualquer efeito no resultado do exercício e no patrimônio líquido da companhia", disse a Cielo no comunicado.

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