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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
A fusão da GM e da Chrysler, respectivamente a primeira e a terceira maiores montadoras dos Estados Unidos, pode ser a solução para resgatar o setor automotivo do país. O sinal foi passado pela Chrysler à equipe nomeada pelo presidente Barack Obama para supervisionar o resgate das empresas. Para a Chrysler, essa seria a "melhor opção" para ambas.
"Sabíamos que poderíamos ser indagados sobre nossas discussões anteriores sobre alianças, então decidimos ser bastante pró-ativos e colocar tudo em nossa apresentação", afirmou Stuart Schorr, porta-voz da Chrysler.
A sugestão da montadora sustenta-se na expectativa de que o governo possa obrigar um casamento entre as companhias, segundo Brian Johnson, analista da Barclays em Chicago. A união forçada é uma hipótese considerada também por outros analistas, segundo a agência de notícias Bloomberg. "Não consigo imaginar a GM fazendo isso sem ser forçada pelo governo, mas é uma possibilidade", afirmou Kimberly Rodriguez, membro da consultoria Grant Thornton.
A má situação das montadoras americanas continua pressionando seus papéis. Nesta sexta-feira (20/2), as ações da GM operavam em queda de 23%, negociadas a 1,53 dólar por papel na Bolsa de Nova York.
Revisões
A equipe de Barack Obama começará a rever o pedido das montadoras americanas de novos recursos para sobreviver, apresentados nesta terça-feira (17/2). O montante alcança 21,6 bilhões de dólares. A análise vai incorporar também a sugestão da Chrysler de fusão com a concorrente. Em novembro, a GM abandonou as conversas alegando que iria se concentrar em sua própria recuperação.
Em conversa também com a Fiat sobre uma aliança, a Chrysler ressaltou que uma união com a maior montadora dos Estados Unidos criaria uma companhia melhor posicionada para competir com a Toyota e outras fabricantes não-americanas.
Schorr, o porta-voz da Chrysler, reforçou, porém, que as negociações com a própria GM não foram retomadas. "Estamos conversando exclusivamente com a Fiat", disse. Do outro lado da história, o presidente da GM, Rick Wagoner, reafirmou que não a empresa não pretende se unir à rival.