China vence licitação da Transpetro para fornecer aço
Rio - A China venceu mais uma disputa feita pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, para o fornecimento de aço para a construção de navios no País. Desta vez, foram 18,3 mil toneladas, dentro do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), que prevê a construção de 49 navios até 2014. O presidente […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
Rio - A China venceu mais uma disputa feita pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, para o fornecimento de aço para a construção de navios no País. Desta vez, foram 18,3 mil toneladas, dentro do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), que prevê a construção de 49 navios até 2014.
O presidente da companhia, Sérgio Machado, disse que participaram da concorrência 15 siderúrgicas de oito países, inclusive do Brasil, mas que o preço chinês foi o mais competitivo. A importação de aço pela subsidiária da Petrobras tem sido motivo de embates frequentes entre siderúrgicas nacionais e a Transpetro.
Para tornar viável a construção das embarcações que irão ampliar a frota petroleira serão necessários 680 mil toneladas de aço. Desse total, a companhia já fechou a compra de 150 mil toneladas, sendo que apenas um terço desse volume foi adquirido de siderúrgicas brasileiras. O restante veio da Ucrânia e Coreia do Sul.
Em palestra hoje, num seminário sobre mineração e siderurgia, Machado anunciou que a empresa aumentou em 30 mil toneladas a necessidade de aço para os próximos anos. Com isso, subirá para 710 mil toneladas o volume de encomendas da empresa à indústria siderúrgica.
A expansão se deve ao Programa de Modernização e Expansão da Frota - Hidrovia, que prevê a construção de 20 empurradores e 80 barcaças para a hidrovia Tietê-Paraná. Machado calcula que o projeto permitirá reduzir pela metade os custos de transporte, e ainda consome cinco vezes menos combustível. O executivo informou que até agosto abre as propostas encaminhadas pelas siderúrgicas para as 30 mil toneladas a serem compras pela empresa.
Ele argumentou ainda que a importação do produto se deve a preços mais competitivos oferecidos pelos concorrentes estrangeiros. Mas espera que as companhias nacionais possam começar a oferecer valores mais atraentes nas próximas concorrências.
"Não posso fazer com que a indústria naval, que está começando, seja penalizada por um preço de aço mais caro", afirmou. Até o final do ano, a Transpetro deve comprar mais 50 mil toneladas de aço. A intenção é fechar entre agosto e setembro a primeira etapa dessa negociação feita em lotes de 15 mil a 20 mil toneladas. Segundo o presidente, as operações têm sido feitas a um custo de US$ 700 por tonelada.