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Cetip dobra de tamanho com a compra da GRV

Aquisição marca a aposta da Cetip no mercado de crédito automotivo

Revenda de automóveis: Cetip agora mira as vendas de veículos (Oscar Cabral/VEJA)

Revenda de automóveis: Cetip agora mira as vendas de veículos (Oscar Cabral/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2010 às 10h41.

São Paulo - A aquisição de 100% da GRV Solutions vai dobrar o tamanho da Cetip, quando se considera seu faturamento. De acordo com relatório do Barclays Capital, assinado pelos analistas Henrique Caldeira e Roberto Attuch, a receita líquida acumulada até setembro pela Cetip é de aproximadamente 200 milhões de reais, enquanto a da GRV ficou em 186 milhões.

O negócio foi fechado por 2 bilhões de reais, dos quais, envolvendo parte do pagamento em cash, além da emissão de 23,5 milhões de ações ordinárias e títulos de dívida. “A transação vai remodelar a estrutura da companhia”, afirma o Barclays, referindo-se aos impactos sobre a Cetip.

A GRV opera um sistema nacional de cadastro com foco em crédito automotivo. Entre outras informações, a empresa assegura se o veículo está ou não alienado ou possui pendências que impeçam que seja dado como garantia de outros empréstimos, por exemplo. Para cada carro cadastrado no sistema, a GRV recebe uma taxa de 22 reais, podendo receber 20 reais extras em outros tipos de contrato.

“O principal vetor de crescimento da GRV é o aumento das vendas de veículos e, consequentemente, do número de financiamentos do setor”, afirma o Barclays. Além de permitir que a Cetip entre em um dos mercados que mais crescem no país, o negócio também é bem-visto por outros motivos: trata-se de um setor relativamente estável, e a base de clientes da GRV é semelhante à da Cetip.

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