Cesp prevê reduzir alavancagem em 2010 e 2011

São Paulo - A Cesp, geradora de energia controlada pelo governo do Estado de São Paulo, prevê terminar 2010 com dívida líquida equivalente a entre 2,5 e 2,6 vezes sua geração de caixa, afirmaram nesta quinta-feira executivos da empresa em teleconferência com analistas e jornalistas.

A companhia terminou 2009 com relação entre dívida e Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) de 3 vezes. No primeiro trimestre, o indicador caiu para 2,9 vezes, de acordo com o diretor financeiro e de Relações com Investidores da Cesp, Almir Fernando Martins.

Dois terços do parque gerador de energia da Cesp é referente a usinas cujas concessões vencem em 2015.

Segundo Martins, enquanto não houver uma decisão do governo federal sobre o que acontecerá com as concessões que expiram nos próximos anos no setor elétrico, as eventuais captações de recursos pela Cesp deverão ter prazo de amortização anterior a 2015.

"O prazo de concessão até 2015 é um fator preponderante na fixação de crédito. Não temos enfrentado nenhum tipo de restrição para períodos de cinco anos ou quatro anos, ainda dentro do período de concessão vigente", afirmou.

"Qualquer emissão com horizonte maior, de 10 anos, por exemplo, teria restrição e teríamos que aguardar a questão das concessões", acrescentou.

Remuneração ao acionista
A Cesp propôs a distribuição de 25 milhões de reais aos acionistas sob a forma de juros sobre capital próprio pelo resultado do primeiro trimestre.

Conforme Martins, a expectativa da diretoria da Cesp é "poder repetir alguma coisa similar se tivermos resultados positivos nos próximos trimestres".

A Cesp teve lucro líquido de 77,9 milhões de reais de janeiro a março, abaixo dos 138 milhões de reais um ano antes.