CEO da Portugal Telecom diz que Vivo valoriza sua empresa
Zeinal Bava lembrou que as atividades da empresa de telefonia celular brasileira representam metade das receitas anuais da PT
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
Lisboa - O presidente-executivo da Portugal Telecom (PT), Zeinal Bava, afirmou hoje na assembleia geral onde está sendo analisada a venda da Vivo à Telefónica que se a empresa portuguesa mantiver os títulos poderá continuar "se valorizando" no mercado.
Bava detalhou, no entanto, que "os acionistas são soberanos", mas defendeu as oportunidades que a companhia brasileira representa à PT, "metade das receitas anuais".
Em seu discurso diante da assembleia de acionistas, Bava julgou que o investimento da PT no Brasil por meio da Vivo "foi um caso de sucesso" desde que a empresa lusa entrou pela primeira vez no país em 1997.
Junto com Telefónica, lembrou, criaram em 2001 o projeto conjunto "mais tarde chamado Vivo que se transformou na maior operadora de celular do Brasil".
Vivo é hoje líder no país, acrescentou e "foi um dos projetos de maior sucesso na história das operações de telefonia celular, que aumentou o número de clientes de 13 milhões em 2001 para 55 milhões em 2010".
Bava classificou a assembleia de hoje como "o momento da verdade" e uma oportunidade para que os acionistas optem entre "abdicar agora das opções e cristalizar o valor do investimento da PT no Brasil" ou "dar a possibilidade à PT para que continue valorizando suas ações no futuro através do Brasil e da Vivo".
O presidente de Portugal Telecom lembrou que a equipe de gestão da companhia realizou uma viagem "extensa" após a primeira oferta da Telefónica pela Vivo, de 5,7 bilhões de euros.
Se reuniram com mais de cem investidores institucionais "para explicar a estratégia da PT, discutir a proposta e ajudar a compreender" os pontos de vista de sua companhia, acrescentou.
A assembleia que decide hoje a venda de 30% da Vivo que tem a PT por 7,150 bilhões de euros, a última oferta da Telefónica, começou às 10h no horário local (8h em Brasília) com 68,5% do capital presente.
A Presidência da reunião anunciou que não terão direito a voto cerca de 6% dos títulos que são considerados relacionados com a empresa espanhola e sujeitos a conflito de interesses.
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