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CEO da Vale diz que preços do minério vão se recuperar

Segundo Murilo Ferreira, preços vão subir com produtores ineficientes deixando o mercado e algumas minas tendo exaurido sua capacidade de produção


	Mina da Vale: mineradora brasileira não tem a intenção de atrasar investimentos estratégicos
 (Juliana Borges/EXAME.com)

Mina da Vale: mineradora brasileira não tem a intenção de atrasar investimentos estratégicos (Juliana Borges/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2014 às 18h31.

Rio de Janeiro - Os preços do minério de ferro provavelmente vão subir nos próximos meses, com produtores ineficientes deixando o mercado e algumas minas tendo exaurido sua capacidade de produção, disse o presidente-executivo da Vale, Murilo Ferreira, em conferência com jornalistas nesta quarta-feira.

A mineradora brasileira não tem a intenção de atrasar investimentos estratégicos, mesmo que os preços do minério de ferro, seu principal produto, fiquem onde estão ou caiam ainda mais, declarou Ferreira.

"Pela primeira vez em 10 anos, a oferta é maior que a demanda", disse o diretor da divisão de ferrosos da Vale, José Carlos Martins, na mesma conferência.

"Ao mesmo tempo, a demanda tem aumentado mais lentamente do que o esperado." Nesta quarta-feira, a Vale anunciou que teve lucro líquido de 2,52 bilhões de dólares no primeiro trimestre de 2014, queda de 19 por cento na comparação com o mesmo período do ano passado, em meio a preços mais baixos de seu principal produto, que foram pressionados pelo cenário da economia chinesa.

Na entrevista por telefone, mais tarde, o executivo disse que de 40 a 50 milhões de toneladas de capacidade de produção de minério de ferro estão deixando o mercado a cada ano, com minas ficando esgotadas ou porque elas não são mais economicamente viáveis.

Até agora, este ano, os preços do minério de ferro caíram 21 por cento, para 105,40 dólares por tonelada, de acordo com um índice de referência.

A Vale também disse que os preços do níquel devem subir acima de 20.000 dólares por tonelada em 2015. Depois disso, os preços podem subir a níveis vistos pela última vez em 2007, quando eles foram acima de 30.000 dólares por tonelada.

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