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Cemig ainda questiona revisão tarifária aprovada pela Aneel

Revisão considerou uma base de remuneração líquida de 5,5 bilhões de reais para a companhia, ante um valor inicialmente estimado de 6,7 bilhões de reais

Energia elétrica: a Cemig tem um programa de demissão voluntária em curso, com o qual pretende reduzir o quadro de funcionários em 1 mil pessoas nos próximos meses. (Luis Davilla/Cover/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2013 às 16h56.

São Paulo - A distribuidora de energia mineira da Cemig ainda questiona os resultados do terceiro ciclo de revisão tarifária aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no início do mês, e espera que seus questionamentos possam ser considerados pela agência, ainda que com efeitos apenas no próximo reajuste.

A Aneel aprovou um aumento médio de 2,99 % a ser sentido na tarifa de energia pelos consumidores da Cemig Distribuição a partir de 8 de abril. A revisão considerou uma base de remuneração líquida de 5,5 bilhões de reais para a companhia, ante um valor inicialmente estimado de 6,7 bilhões de reais.

"A gente tem a expectativa de que o número de 5,5 bilhões de reais será aumentado", disse o superintendente de Controladoria da empresa Leonardo de Magalhães nesta quinta-feira.

A superintendente de Regulação Econômica, Maura Gallupo, acrescentou que a Cemig questionará as perdas regulatórias de energia definidas pela Aneel, que considera metas que a empresa tem que alcançar. Ela afirmou que os valores definidos pela Aneel irão exigir um esforço maior na redução das perdas não-técnicas, ou seja, aquelas por ligações irregulares.

A Cemig informou ainda que espera repasse de pelo menos 343 milhões de reais via Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para cobrir gastos com compra de energia (CVA Energia). A empresa espera que seja aprovado o repasse adicional de 145 milhões de reais, segundo Gallupo.

As distribuidoras e o mercado já esperavam uma redução do retorno sobre o capital investido após a aplicação do terceiro ciclo de revisão tarifária. Mas a Cemig sofreu uma alteração pela Aneel na base de remuneração líquida inicialmente proposta, de 6,7 bilhões de reais para 5,1 bilhões de reais, o que levou a uma queda de 14 % do preço da ação da empresa no dia em que o mercado tomou conhecimento da alteração.

A Cemig conseguiu na aprovação final da revisão tarifária elevar esse valor em 400 milhões de reais, totalizando em 5,5 bilhões de reais de base de remuneração para o ciclo.


A base de remuneração consiste no montante dos investimentos realizados pelas distribuidoras coberto pelas tarifas cobradas aos consumidores na revisão tarifária.

O diretor financeiro da Cemig, Luiz Fernando Rolla, acrescentou, durante a teleconferência nesta quinta-feira, que a empresa está reduzindo custos e tem um programa de demissão voluntária em curso, com o qual pretende reduzir o quadro de funcionários em 1 mil pessoas nos próximos meses.

As ações da Cemig operavam em alta de 2,2 % nesta sessão, sendo cotadas a 24,24 reais.

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São Paulo - A distribuidora de energia mineira da Cemig ainda questiona os resultados do terceiro ciclo de revisão tarifária aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no início do mês, e espera que seus questionamentos possam ser considerados pela agência, ainda que com efeitos apenas no próximo reajuste.

A Aneel aprovou um aumento médio de 2,99 % a ser sentido na tarifa de energia pelos consumidores da Cemig Distribuição a partir de 8 de abril. A revisão considerou uma base de remuneração líquida de 5,5 bilhões de reais para a companhia, ante um valor inicialmente estimado de 6,7 bilhões de reais.

"A gente tem a expectativa de que o número de 5,5 bilhões de reais será aumentado", disse o superintendente de Controladoria da empresa Leonardo de Magalhães nesta quinta-feira.

A superintendente de Regulação Econômica, Maura Gallupo, acrescentou que a Cemig questionará as perdas regulatórias de energia definidas pela Aneel, que considera metas que a empresa tem que alcançar. Ela afirmou que os valores definidos pela Aneel irão exigir um esforço maior na redução das perdas não-técnicas, ou seja, aquelas por ligações irregulares.

A Cemig informou ainda que espera repasse de pelo menos 343 milhões de reais via Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para cobrir gastos com compra de energia (CVA Energia). A empresa espera que seja aprovado o repasse adicional de 145 milhões de reais, segundo Gallupo.

As distribuidoras e o mercado já esperavam uma redução do retorno sobre o capital investido após a aplicação do terceiro ciclo de revisão tarifária. Mas a Cemig sofreu uma alteração pela Aneel na base de remuneração líquida inicialmente proposta, de 6,7 bilhões de reais para 5,1 bilhões de reais, o que levou a uma queda de 14 % do preço da ação da empresa no dia em que o mercado tomou conhecimento da alteração.

A Cemig conseguiu na aprovação final da revisão tarifária elevar esse valor em 400 milhões de reais, totalizando em 5,5 bilhões de reais de base de remuneração para o ciclo.


A base de remuneração consiste no montante dos investimentos realizados pelas distribuidoras coberto pelas tarifas cobradas aos consumidores na revisão tarifária.

O diretor financeiro da Cemig, Luiz Fernando Rolla, acrescentou, durante a teleconferência nesta quinta-feira, que a empresa está reduzindo custos e tem um programa de demissão voluntária em curso, com o qual pretende reduzir o quadro de funcionários em 1 mil pessoas nos próximos meses.

As ações da Cemig operavam em alta de 2,2 % nesta sessão, sendo cotadas a 24,24 reais.

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