Estocolmo - A Sony Ericsson está depositando suas esperanças em uma nova linha de celulares inteligentes este ano, depois de reduzir preços a fim de atrair compradores natalinos para seus modelos envelhecidos de celulares, o que prejudicou as vendas e o lucro da empresa no trimestre final de 2010.

A companhia, joint venture igualitária entre a Ericsson, da Suécia, e a Sony, do Japão, anunciou que pretende se sair melhor em 2011, com o lançamento de novos celulares inteligentes da linha Xperia.

"Os produtos de nossa linha estavam envelhecidos. O ciclo de vida dos produtos se reduziu", disse Bert Nordberg, presidente-executivo da Sony Ericsson, à Reuters, na quinta-feira, depois que a joint venture divulgou seus resultados.

"Antecipamos que este ano será melhor que o anterior", disse Nordberg, quando perguntado sobre as perspectivas de vendas e lucros da companhia em 2011.

A Sony Ericsson acredita que o crescimento do mercado de celulares será modesto este ano.

O mau desempenho dela no quarto trimestre contrastou acentuadamente com o da concorrente Apple, cujos resultados anunciados esta semana superaram as projeções, devido às fortes vendas do iPhone e do iPad.

"Fica claro que a Sony Ericsson teve de se esforçar muito para não cair no vermelho", disse Geoff Blaber, analista da CCS Insight.

"Os preços sofreram pressão substancial devido tanto à concorrência quanto a uma linha de produtos na qual faltavam ofertas de ponta e com margens elevadas de lucro. A carteira de produtos da empresa precisa de reforço substancial no primeiro trimestre, se a Sony Ericsson deseja continuar melhorando seus lucros", disse.

O preço médio de venda dos celulares da empresa caiu em 12 por cento no trimestre, ante o trimestre anterior, para 136 euros.

Muito dependerá dos celulares inteligentes Xperia, que utilizam o sistema operacional Google Android. No começo do mês, a companhia lançou o Xperia Arc, e novos lançamentos estão programados.

"A concorrência é tão dura que é preciso renovar sempre a linha", disse Carolina Milanesi, analista da Gartner. "Eles têm de acelerar o ritmo de lançamento de produtos."