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Em um ano, essa empresa ajudou clientes a capturar US$ 5 bi “perdidos” em processos

Líder global em mineração de processos, Celonis atinge um valor de mercado de US$ 13 bi desafiando empresas a se tornarem mais eficientes

Alexander Rinke, co-CEO da Celonis: em 2021, empresa recebeu aporte US$ 1 bilhão. (Celonis/Divulgação)
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Publicado em 14 de agosto de 2024 às 14h30.

Última atualização em 14 de agosto de 2024 às 14h34.

Alexander Rinke cursava matemática na Technical University de Munique quando decidiu juntar suas economias e partir rumo a um intercâmbio de seis meses em Paris. De volta à Alemanha – e sem dinheiro –, ele se uniu a um grupo de colegas que oferecia trabalhos como freelancer para empresas.

O primeiro cliente foi uma pequena companhia de mídia com o desafio de tornar mais eficiente o seu departamento de TI.

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Mineração de processos

A solução encontrada pelos jovens universitários? A mineração de processos – uma tecnologia usada para modelar, analisar e otimizar negócios a partir da conexão e da sincronização de dados que estão nos sistemas das empresas. “Funciona como uma espécie de ‘ressonância magnética’, onde é possível enxergar como tudo realmente funciona — e não como as empresas acreditam que funcione”, explica Rinke.

A entrega agradou o cliente e mostrou para os alunos da Technical University o potencial da plataforma. O começo, claro, não foi fácil. Fundada em 2011, a Celonis – hoje uma big tech avaliada em US$ 13 bilhões – levou sete anos para receber o primeiro aporte (US$ 27,5 milhões). Depois vieram outros, que somaram US$ 340 milhões.

Mas a virada de chave mesmo veio em 2021, quando a Celonis, que tem entre seus investidores fundos como o Durable Capital Partners e o Franklin Templeton Investments, recebeu em uma só tacada um aporte bem mais generoso: US$ 1 bilhão.

Eleita pela Forbes Cloud 100 a 13ª melhor empresa privada de computação em nuvem do planeta, a Celonis atende hoje mais da metade das 200 maiores companhias do mundo. São marcas como Uber, Pepsico, Johnson & Johnson, BMW, L’Oréal, entre centenas de outras. “Se o cliente realmente se envolve, ele pode extrair muito valor da nossa plataforma”, diz Rinke.

Geralmente, diz ele, o resultado vem rápido: um ano costuma ser o suficiente para colher os frutos das melhorias de processos. “Até agora não tivemos nenhum caso em que não tenhamos conseguido gerar economia”, garante o fundador da Celonis.

Celonis no famoso painel da Nasdaq na Times Square, em NY: eleita pela Forbes Cloud 100 a 13ª melhor empresa privada de computação em nuvem do planeta (Celonis/Divulgação)

Onde estão as falhas de processo

Só no ano passado, a empresa ajudou seus clientes a mapear e capturar US$ 5 bilhões “escondidos” em processos que por algum motivo esbarraram em falhas, seja na logística, seja na gestão de pagamentos e de estoque, seja no atendimento ao cliente, por exemplo. A meta, este ano, é dobrar o valor capturado.

Isso será possível, segundo Rinke, com a evolução da plataforma. Em sua última conferência global, a Celosphere, a Celonis lançou o Process Intelligence Graph (PIG), uma nova tecnologia que captura e unifica os dados de processos de uma organização e os aprimora a partir de aprendizado de máquina e o profundo conhecimento de todos os processos coletados em milhares de implantações de clientes na última década.

O que é o Process Intelligence Graph (PIG)

Chamado de “gêmeo digital” pelo fato de conseguir tirar uma “foto” do que acontece no dia a dia de uma empresa e transferir isso para um mapa, o PIG está no centro da plataforma Celonis e é um facilitador-chave para tecnologias emergentes como a IA generativa.

Rinke explica: “Quando você usa o Google, há um gráfico de conhecimento por trás. Você pesquisa ‘Mick Jagger’ e receberá como resposta que ele é um astro do rock da banda Rolling Stones. Em seguida, poderá clicar na banda e saber mais sobre ela. A tecnologia por trás disso se chama ‘graph’. Então, criamos esse produto que não apenas permite que você olhe para um processo, mas também conecte os padrões de todos os processos similares”, explica o executivo.

Vem aí o Celonis Day no Brasil, em São Paulo

Para conferir de perto os cases de sucesso da Celonis e ver na prática como a IA pode ser usada não só para otimizar processos, mas sim cadeias de valor inteiras, a empresa promoverá no dia 20 de agosto o Celonis Day, uma conferência que deve reunir mais de 300 pessoas no PHD Rooftop, em São Paulo.

A diretora Brasil da Celonis, Thaís Gómez Cabral, explica que, aqui no país, a empresa atua como parceira de consultorias como Accenture e PwC e tem, entre seus clientes gigantes dos mais diversos setores, como Embraer, iFood, Valgroup, Ipiranga, CCR, Usiminas e B3.

A executiva destaca ainda que toda e qualquer empresa pode se beneficiar da mineração de processos.  “É possível, a partir da nossa plataforma, avaliar a eficiência de qualquer processo de negócios, como a cadeia de produção, gestão do estoque, entender se a logística está sendo eficiente, se o processo financeiro está funcionando corretamente, entre muitos outros pontos”, diz Thaís.

E não se trata apenas de uma questão de diagnóstico. “A ideia é que, a partir dele, a empresa consiga ‘consertar’ o que não funciona e monitorar os processos para que a mudança seja permanente”, diz a executiva. “Nossa missão é ajudar as empresas a encontrar o valor escondido em seus processos. Por isso, sempre digo que somos mais do que uma plataforma de tecnologia. Somos um parceiro de valor.”

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