Negócios

Carrefour: Pai de João Alberto recusa acordo por dano moral

Pai de João Alberto Silveira Freitas, morto em uma loja do Carrefour, não aceitou o acordo de R$ 500 mil numa ação por danos morais individuais

Homem tira foto em frente a faixa de protesto contra a morte de João Alberto Silveira Freitas, morto por espancamento por seguranças em loja do Carrefour em Porto Alegre (Diego Vara/Reuters)

Homem tira foto em frente a faixa de protesto contra a morte de João Alberto Silveira Freitas, morto por espancamento por seguranças em loja do Carrefour em Porto Alegre (Diego Vara/Reuters)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 24 de fevereiro de 2021 às 10h39.

A primeira reunião de mediação para um acordo de danos morais entre o Carrefour e o pai de João Alberto Silveira Freitas, morto por dois seguranças em uma loja da varejista em Porto Alegre em novembro do ano passado, terminou sem solução.

As melhores oportunidades podem estar nas empresas que fazem a diferença no mundo. Veja como com a EXAME Research 

João Batista, de 65 anos, não aceitou os R$ 500 mil numa ação por danos morais individuais. "Os valores oferecidos pelo Carrefour baseiam-se na jurisprudência do STJ [Superior Tribunal de Justiça], muito aquém do que pretendemos, já que se trata de um caso sem precedentes no Brasil", disse o advogado do pastor Rafael Peter Fernandes, segundo o UOL. 

Não foi divulgado, porém, um valor com o qual Batista está disposto a aceitar o acordo. A viúva de João Alberto também não aceitou o acordo proposto à ela, enquanto que a enteada, menor de idade, teve um acordo com mais avanços.

Procurada, a varejista Carrefour se pronunciou por meio de uma curta nota: "O Carrefour confirma a realização da audiência na terça-feira, 23/02, e afirma que as tratativas para chegar em um acordo com o Sr. João Batista, pai do João Alberto ainda estão sendo realizadas".

Outras indenizações

Desde a morte de João Alberto outros inquéritos civis foram instaurados contra o Carrefour. A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul cobra 200 milhões de reais enquanto o movimento negro, representado pela ONG Educação e Cidadania de Afrodescendentes e carentes e pelo Centro Santo Dias de Direitos Humanos, exige mais R$ 100 milhões.

Acompanhe tudo sobre:acordos-empresariaisCarrefourVarejo

Mais de Negócios

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia

"Bar da boiadeira" faz investimento coletivo para abrir novas unidades e faturar R$ 90 milhões

Haier e Hisense lideram boom de exportações chinesas de eletrodomésticos em 2024