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Carrefour não vê sinais de retomada no consumo de alimentos

Presidente do Carrefour no Brasil citou o esforço da rede varejista francesa em sofisticar e ampliar a oferta de produtos fora do setor alimentar

Demartis: "é prematuro (fazer projeção) e estamos olhando loja por loja e região por região", disse presidente da rede no país (Adam Berry/Bloomberg)

Demartis: "é prematuro (fazer projeção) e estamos olhando loja por loja e região por região", disse presidente da rede no país (Adam Berry/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de julho de 2017 às 14h27.

São Paulo - O Carrefour não vê ainda sinais retomada no consumo de produtos do segmento alimentar de modo tangível, apesar das promoções e da natural demanda entre as categorias com preços menores, disse o presidente do Carrefour no Brasil, Charles Desmartis, durante a inauguração de seu hipermercado "flagship" (loja modelo) no Jardim Pamplona Shopping, nos Jardins, zona sul de São Paulo, que também abre nesta quarta-feira, 26.

"No alimentar, há poucos sinais tangíveis de melhoria", disse. Ele observou que, ainda considerando o consumo nas categorias em que a demanda aumenta em função dos produtos mais baratos, "não há reflexo de modo a haver uma melhoria global de consumo nos segmentos que têm maior renda no varejo brasileiro".

Desmartis não quis fazer projeções sobre quando pode haver retomada no consumo do segmento não alimentar e afirmou que o Carrefour acompanha os sinais de demanda com atenção.

"É prematuro (fazer projeção) e estamos olhando loja por loja e região por região, mas não há sinal de retomada massiva da demanda por consumo no segmento alimentos".

De todo modo, notou haver melhoria na demanda fora do alimentar, destacando que os sinais positivos decorrem de uma base de comparação menor e do fato de que houve fechamento de lojas especializadas em algumas regiões, abrindo espaço para o Carrefour.

Ele citou ainda o esforço da rede varejista francesa em sofisticar e ampliar a oferta de produtos nessa categoria.

IPO

Charles Desmartis também disse que os recursos captados por meio da oferta inicial de ações (IPO) ampliam a flexibilidade do grupo para realizar novos investimentos na expansão e modernização da rede, assim como aquisições oportunamente.

Ele destacou, entretanto, que não há previsão de que o Carrefour se engaje em qualquer operação de fusão ou aquisição (M&A, na sigla em inglês) este ano, frisando que compliance será um importante critério para eventuais interesses.

"Nossa abordagem será muito disciplinar em termos de metas, valorização, de casamento com nossa estratégia e em termos de compliance", disse o presidente do Carrefour no Brasil.

"Temos os mais altos padrões de compliance e esse será um critério importante entre as operações que poderemos considerar", acrescentou.

O Carrefour movimentou R$ 5,1 bilhões no maior IPO do País desde 2013, ingressando na categoria Novo Mercado, de padrão de governança mais elevado da B3.

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