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Globovisión anuncia negociações para venda na Venezuela

O canal foi posto em uma situação precária após a derrota da oposição nas eleições da Venezuela, disse seu presidente Guillermo Zuloaga


	Bandeira da Venezuela: o presidente do Globovisión é considerado foragido da justiça
 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Bandeira da Venezuela: o presidente do Globovisión é considerado foragido da justiça (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2013 às 22h45.

Caracas - O presidente do canal privado venezuelano "Globovisión", Guillermo Zuloaga, confirmou nesta segunda-feira que está sendo negociada a venda do canal, de linha editorial crítica ao governo, embora tenha negado que o veículo já foi vendido.

Depois que seu filho e vice-presidente do canal, Carlos Zuloaga, afirmou em um breve comunicado transmitido pela rede que já há "uma oferta de compra formal" e "uma intenção de venda", Guillermo Zuloaga mandou uma carta aberta aos trabalhadores do canal na qual deu mais detalhes sobre a operação.

Na carta, Zuloaga - que mora nos Estados Unidos e é considerado pelas autoridades venezuelanas um foragido da justiça - disse que, embora "a negociação estivesse pronta para ser fechada nesta mesma semana", pediu que fosse concretizada depois das eleições presidenciais de 14 de abril.

O presidente do canal explicou que, diante da "inviabilidade" do canal, manteve recentemente várias reuniões "sem sucesso" até que há cerca de três semanas o empresário Juan Domingo Cordero fez uma proposta que "(mesmo) sem ser o que nós acionistas esperávamos, me vi - disse - obrigado a aceitar".

A derrota da oposição nas eleições de outubro, explicou Guillermo Zuloaga, pôs o canal "em uma situação muito precária como canal e como empresa, somando-se a isso o acúmulo de processos judiciais e o ter uma concessão que vence em dois anos, sem que se veja possibilidade de renovação".

"Somos inviáveis economicamente, porque nossa receita já não cobre nossas necessidades de caixa (...). Somos inviáveis politicamente porque estamos em um país totalmente polarizado e do lado oposto a um governo todo-poderoso que quer nos ver fracassar", relatou.

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