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Canadá diz que desistência da Boeing de disputa comercial é positiva

Boeing anunciou que não vai apelar de decisão dos EUA que permite à Bombardier vender os CSeries nos EUA sem pagamento de pesadas sobretaxas

Boeing: não ficou claro como a decisão da empresa vai afetar suas chances em uma encomenda canadense de jatos de combate (Jason Redmond/Reuters)

Boeing: não ficou claro como a decisão da empresa vai afetar suas chances em uma encomenda canadense de jatos de combate (Jason Redmond/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de março de 2018 às 16h36.

Montreal - O governo do Canadá classificou de "desdobramento positivo" para seu longo relacionamento com a Boeing a decisão da companhia norte-americana em encerrar uma disputa comercial envolvendo as vendas de jatos CSeries da canadense Bombardier nos Estados Unidos.

A Boeing, que tenta uma parceria com a brasileira Embraer , anunciou no final da quinta-feira que não vai apelar de decisão da comissão de comércio dos EUA que permite à Bombardier vender os CSeries nos EUA sem pagamento de pesadas sobretaxas. Um porta-voz da Boeing não informou o motivo para a empresa ter desistido do recurso.

A decisão "representa um desdobramento positivo no longo relacionamento entre o Canadá e a Boeing", afirmou a ministra canadense de Relações Exteriores, Chrystia Freeland, em comunicado.

Não ficou claro como a decisão da Boeing vai afetar as chances da empresa em uma encomenda canadense de jatos de combate avaliada em 15 bilhões a 19 bilhões de dólares canadenses.

O governo canadense tem afirmado que as ofertas serão em parte avaliadas levando-se em consideração se as empresas interessadas causaram qualquer prejuízo econômico ao Canadá, em uma referência clara à Boeing.

Em seu caso contra a Bombardier, a Boeing afirmava que o CSeries se beneficiou de subsídios injustos e que a aeronave estava sendo vendida a preço abaixo do custo para companhias aéreas norte-americanas.

Mais cedo nesta sexta-feira, a Bombardier afirmou em comunicado que ficou satisfeita em ver que a "acusação sem mérito" da Boeing "chegou a um fim".

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