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Câmbio ajudará Embraer a manter margens de lucro em 2015

Os efeitos da crise aparecem no segmento consumidor de Defesa, que reduziu as encomendas "sensivelmente", disse o vice-presidente de Relações Institucionais


	Logo da Embraer: como os custos da empresa são prioritariamente calculados em real e a maior parte da receita em dólar, a empresa acabará sendo beneficiada pela valorização da moeda americana
 (Eric Piermont/AFP)

Logo da Embraer: como os custos da empresa são prioritariamente calculados em real e a maior parte da receita em dólar, a empresa acabará sendo beneficiada pela valorização da moeda americana (Eric Piermont/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2015 às 14h59.

Rio - O câmbio vai ajudar a Embraer a manter a margem de lucro neste ano, apesar da projeção de queda de receita, afirmou o vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da companhia, Nelson Salgado.

Como os custos da empresa são prioritariamente calculados em real e a maior parte da receita em dólar, a empresa acabará sendo beneficiada pela valorização da moeda americana, destacou ele.

Assim, a Embraer vai conseguir manter as margens apesar da perspectiva de fechar o ano com queda de receita, que deve ser afetada diretamente pela crise econômica no Brasil.

Os efeitos da crise aparecem no segmento consumidor de Defesa, que reduziu as encomendas "sensivelmente", disse o executivo.

O mercado interno responde por 15% da receita da empresa. A maior parte, 85%, dos compradores, no entanto, está localizada no exterior. A avaliação de Salgado é que "a situação no mundo não é brilhante, mas ainda é melhor do que no Brasil", por isso a Embraer consegue se manter mais imune à crise interna, em sua opinião.

Salgado participou nesta sexta-feira, 16, de palestra em evento promovido pelo Conselho Empresarial da América Latina (Ceal).

Ao ser questionado sobre o papel do Estado no incentivo à inovação nas empresas, o executivo afirmou que, no caso brasileiro, "se o Estado não atrapalhar, ajuda".

Ele destacou o investimento da Embraer na formação de engenheiros especializados em aeronáutica para a formação do seu próprio quadro de pessoal, medida, que em sua opinião, deveria partir do governo e não da companhia.

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