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Camargo e LLX firmam acordo para fábrica de cimento

A Camargo Corrêa Cimentos firmou hoje com a LLX, empresa de logística de Eike Batista, acordo para a construção de uma fábrica de cimento no Porto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. O acordo ainda está em fase preliminar, mas o investimento deve ser de no mínimo R$ 100 milhões […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A Camargo Corrêa Cimentos firmou hoje com a LLX, empresa de logística de Eike Batista, acordo para a construção de uma fábrica de cimento no Porto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. O acordo ainda está em fase preliminar, mas o investimento deve ser de no mínimo R$ 100 milhões para a produção de cerca de 400 mil toneladas por ano.

"Vemos um grande potencial no porto, pela região em que está localizado: pelos investimentos do pré-sal e pela própria facilidade de cabotagem que vai permitir. Ele nos dará melhor acesso a outros Estados, à Bahia, por exemplo", comentou o presidente da unidade Brasil da Camargo Corrêa Cimentos, Humberto Farias.

Atualmente sem fábricas no Rio de Janeiro, a companhia tem pouca entrada no mercado do Estado. O Porto do Açu seria uma oportunidade. Lá poderão ser utilizados , na produção de cimento, tanto resíduos da siderúrgica quanto da termelétrica, que ficarão instaladas por perto. O coque, insumo para geração de energia, chegaria com facilidade pelo porto.

Apesar de todas essas facilidades, a Camargo não decidiu ainda que modelo de fábrica deve estabelecer no local. Uma possibilidade seria fazer apenas uma planta para processar clínquer - matéria-prima para fabricação de cimento -, atuando apenas na etapa final da produção do cimento. Nesse caso, o investimento seria mais tímido, em torno dos R$ 100 milhões. Se a decisão for optar pelo processo completo na unidade do Açu, o valor do investimento será bem maior, mas a empresa não revela valores. Uma planta como esta costuma demorar dois anos para começar a produzir.

Além dos investimentos no Brasil, a Camargo, que é dona da maior produtora de cimento da Argentina, avançou também na operação do Paraguai. A empresa está implantando uma fábrica no país vizinho, em investimento orçado em R$ 180 milhões para a produção de outras 400 mil toneladas anuais. A fábrica paraguaia deve entrar em operação até meados de 2012.

Esses investimentos fazem parte de uma ofensiva da cimenteira para passar a ocupar o segundo lugar entre as maiores do país; esta nova fábrica será a oitava unidade brasileira. Hoje ela está na terceira posição, atrás da Votorantim - que detém quase a metade das vendas - e da João Santos, que produz o cimento Nassau e é forte, sobretudo, no Nordeste.

"O mercado brasileiro vai terminar 2009 praticamente estável, mas nós vamos nos sair muito melhor", disse Farias. Ele não dá números fechados, mas, em 2008, a produção de cimento da Camargo no Brasil ficou em 4,7 milhões de toneladas, enquanto a da Loma Negra, na Argentina, fechou em 5,5 milhões. Este ano - contando com a ajuda do mercado imobiliário nacional, bastante aquecido - tudo indica que a produção brasileira vai superar a do país vizinho.

O acordo com a Camargo deve gerar para a LLX receita anual de R$ 30 milhões. Hoje, na divulgação do balanço do terceiro trimestre, o presidente da LLX, Otávio Lazcano, reforçou que já existem 66 contratos de empresas interessadas em se instalar ou movimentar suas cargas no Porto do Açu. Além disso, afirmou que a empresa está avaliando oportunidades de investimento fora do Brasil.
 

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