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Camargo Corrêa Infra investe R$ 2 mi em inovação

Empresa testa o primeiro projeto na área de segurança do trabalho: um sensor de presença humana para ser usado em áreas onde circulam máquinas.

Operário da Camargo Corrêa trabalha na construção de viaduto sobre a rodovia Anhanguera, em Jundiaí

 (Camargo Corrêa Infra/Divulgação)

Operário da Camargo Corrêa trabalha na construção de viaduto sobre a rodovia Anhanguera, em Jundiaí (Camargo Corrêa Infra/Divulgação)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 2 de maio de 2018 às 06h00.

Última atualização em 3 de maio de 2018 às 09h20.

São Paulo – A Camargo Corrêa Infra está de olho nas ideias inovadoras de seus funcionários. A empresa criou recentemente um centro de inovação, com investimento inicial de 2 milhões de reais, e já começou a testar ideias surgidas entre a equipe.

Agora, a empresa está testando o primeiro projeto na área de segurança do trabalho: um sensor de presença humana para ser usado em áreas onde circulam máquinas. O objetivo é usá-lo nos canteiros de obras para prevenir acidentes.

O sensor fica acoplado ao colete de segurança ou ao capacete do profissional. Quando a pessoa se aproxima de um local com movimentação de máquinas, o sensor vibra e assim avisa que aquele é um local com potencial de risco.

O dispositivo também é instalado no veículo ou equipamento em movimento e, com isso, o motorista ou operador receberá um alerta de risco e poderá interromper o trabalho.

A ideia surgiu de um grupo de 102 profissionais voluntários que se interessaram em participar do projeto de inovação – o grupo representa cerca de 20% da força de trabalho da empresa e está sob a coordenação do diretor-executivo de Operações da companhia, Januário Dolores.

No processo de seleção de ideias, foram apresentados 331 desafios, dos quais foram priorizadas 43 propostas. A meta é colocar em prática pelo menos quatro destas inovações ainda este ano.

Além do sensor de segurança, também estão no radar ideias envolvendo o uso de drones, que podem ser úteis em serviços de cabeamento em linhas de transmissão de energia, fiscalização de obras e até para facilitar o cálculo do volume de material a ser transportado de um local para outro.

CCInfra

Criada em 2017, a Camargo Corrêa Infra é fruto de uma reorganização dos negócios de infraestrutura do grupo, após o escândalo da Lava Jato. Sob o comando de Décio Amaral, a empresa é responsável por gerir os novos negócios do grupo para obras de infraestrutura.

Já a Construções e Comércio Camargo Corrêa (conhecida como 4C) ficou responsável pelas obras que já estavam em andamento e pela colaboração com as autoridades nas investigações. A Camargo Corrêa foi a primeira empreiteira a fechar acordo de leniência na Lava Jato.

A CCInfra fechou o ano passado com uma carteira de R$ 3,4 bilhões, basicamente de negócios gerados a partir de 2016. Incluindo a Construções e Comércio Camargo Corrêa, o valor sobe para R$ 4,3 bilhões.

A área da construção teve receita líquida de R$ 2,27 bilhões no ano passado, perto de 15% do total da holding, fundada há quase 80 anos.

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