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Caixa vai investir em empresas privatizadas

O banco prepara para os próximos dias o lançamento de um fundo de private equity que captará mais de R$ 1 bilhão para investimentos em logística no país


	Trem: os recursos desse fundo serão investidos em empresas de logística, seja por meio de aquisição ou de debênture conversível em ações
 (Divulgação)

Trem: os recursos desse fundo serão investidos em empresas de logística, seja por meio de aquisição ou de debênture conversível em ações (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2014 às 07h58.

Brasília - A Caixa Econômica Federal prepara para os próximos dias o lançamento de um fundo de private equity que captará mais de R$ 1 bilhão para investimentos em logística no País. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o banco conseguiu até o momento a confirmação de aportes de R$ 810 milhões.

O fundo de previdência dos funcionários da Caixa (Funcef), terceiro maior do País, será um dos que investirá no novo fundo, mas os valores não foram divulgados. Os fundos de pensão são os principais investidores da indústria de private equity no País, com cerca de um quarto do capital aportado.

Os recursos desse fundo serão investidos em empresas de logística, seja por meio de aquisição ou de debênture conversível em ações. O regulamento do fundo ainda precisa ser aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A Caixa já tem experiência em fundos de private equity. Só no mercado imobiliário, o banco tem três fundos com quase R$ 3 bilhões captados. Um deles investe na compra de terrenos junto com a Cyrela para depois permutá-los para a própria construtora.

Logística

Afinado ao planejamento do governo de impulsionar os investimentos neste ano para alavancar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o banco oficial identificou um aumento da demanda por recursos em logística, especialmente depois da rodada de concessões de rodovias e aeroportos em 2013 e do leilão do campo de Libra, o primeiro do pré-sal sob o regime de partilha.

No entanto, uma fonte a par das negociações disse ao Estado que é possível que o capital do fundo seja usado não só para financiar os projetos vencedores dos leilões como também para adquirir, total ou parcialmente, outras empresas atraentes que não estejam relacionadas aos leilões governamentais.


No ano passado, o governo ordenou que os bancos públicos redimensionassem suas carteiras de crédito a fim de priorizar os financiamentos para investimentos em vez do crédito ao consumo, como vinham fazendo até então. A orientação foi feita especialmente à Caixa, que recebeu também o comunicado de que não terá mais aportes do Tesouro Nacional até o fim deste ano.

A exceção, no caso da Caixa, foi tirar do papel o programa Minha Casa Melhor, que financia eletrodomésticos aos mutuários do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

Diante da limitação de capital, o recado foi de que não era para ter dúvidas em priorizar os projetos de infraestrutura, grande aposta da equipe econômica para deslanchar o crescimento. O governo conta com os bancos públicos para que não haja entraves na obtenção de crédito às empresas vencedoras das licitações. Segundo as estimativa dos bancos oficiais, a expectativa de negócios com as concessões ultrapassa a marca de R$ 100 bilhões.

A Caixa não está sozinha nessa empreitada entre os bancos oficiais. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) negociou a compra de R$ 1 bilhão da Odebrecht TransPort, no fim de 2013.

A empresa venceu o leilão do aeroporto do Galeão, no Rio. Já o Banco do Brasil planeja direcionar quase R$ 60 bilhões para aportes em infraestrutura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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