Caixa nega alta de juro do crédito imobiliário para classe média
Pedro Guimarães disse que não é "correto matematicamente" comparar o crédito imobiliário do MCMV com o crédito para a classe média
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de janeiro de 2019 às 16h53.
Última atualização em 9 de janeiro de 2019 às 15h03.
O novo presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães , negou nesta terça-feira, 8, que o banco vá aumentar os juros do crédito imobiliário para a classe média . Na segunda-feira, na cerimônia de posse dos novos titulares dos bancos públicos, em Brasília, ele afirmou que "quem é classe média tem de pagar mais". "Ou vai buscar no Santander, Bradesco, Itaú. Na Caixa, vai pagar um juro maior que o do Minha Casa, certamente, porque vai ser um juro de mercado". Segundo Guimarães, porém, a declaração foi reproduzida de forma distorcida pelos veículos de imprensa.
Após participar da cerimônia de transmissão de cargo do novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, no Rio, Guimarães esclareceu que sua afirmação foi uma constatação matemática, já que o menor juro do mercado no crédito imobiliário é o do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).
Guimarães qualificou a forma como suas declarações foram publicadas de "desonestidade intelectual" e disse que não é "correto matematicamente" comparar o crédito imobiliário do MCMV com o crédito para a classe média. "É óbvio que o juro para a classe média, que não é o MCMV, por definição matemática, é maior. Aí, vocês (a imprensa) trocaram o que falei para dar manchete. Agora, matematicamente, o MCMV para pobre é menor. Foi o que falei", disse Guimarães.