Negócios

Caixa confirma que serão fechadas até 120 agências no país

De acordo com o presidente do banco, esse processo será efetivado assim que for encerrado o processo de demissões

Caixa: o banco estima adesão de 5 mil funcionários ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Caixa: o banco estima adesão de 5 mil funcionários ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de março de 2017 às 13h38.

Última atualização em 28 de março de 2017 às 17h09.

São Paulo - O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, afirmou nesta terça-feira, 28, que no processo de revisão de agências estão de 100 a 120 unidades que permanecem deficitárias e passarão por processo de intervenção, seja por meio do fechamento ou de fusão com outras unidades, ou ainda mudança para outro lugar e também uma diminuição.

De acordo com ele, esse processo será efetivado assim que for encerrado o processo de demissões.

Occhi afirmou ainda que a Caixa estima adesão de 5 mil funcionários ao Programa de Demissão Voluntária (PDV).

O banco espera que a economia gerada pelo PDV aconteça já a partir do início do ano que vem, a qual está estimada em R$ 975 milhões ao ano após o payback, ou seja, descontado as despesas com as demissões.

Eficiência

"O crescimento do resultado operacional, a redução da inadimplência e o controle de gastos da Caixa em 2016 são indicativos claros de que o banco está trilhando com firmeza o caminho da melhoria da eficiência". Com estas palavras, o presidente da Caixa introduz o informe de resultados da instituição referente ao exercício de 2016.

O banco destaca que o índice da eficiência operacional teve melhora de 1,6 ponto porcentual no ano, para 52,1% ao final de dezembro, considerado o melhor índice dos últimos dez anos, "reforçando o foco da instituição na continuidade das ações para aumento da produtividade, ampliação das receitas, redução de gastos e sustentabilidade dos resultados", ainda conforme o comunicado.

Outros pontos ressaltados na mensagem da administração foram o resultado operacional, que teve um avanço de 272% em 12 meses; a margem financeira, que evoluiu 7,4% para R$ 47 bilhões; e o índice de inadimplência, que teve redução de 0,7 p.p. para 2,88% em 2016, "abaixo da média do mercado".

Também a linha "outras despesas administrativas" ganhou destaque no balanço, pois aumentaram 5,8% sobre 2015, porcentual este abaixo da inflação acumulada no período, de 6,3%. As despesas de pessoal aumentaram 6,5% em 12 meses.

"Com o avanço das receitas e o controle das despesas, os índices de cobertura de pessoal e administrativas continuaram a apresentar melhoria e aumentaram, respectivamente, 1,9 p.p. e 1,4 p.p. em 12 meses, chegando a 106,7% e 67,6%", diz a Caixa.

Na questão das receitas, o banco cita que a ampliação do relacionamento com clientes gerou aumento de 8,4% nas receitas com prestação de serviços ante 2015, sendo que as de contas correntes, convênios e cobrança, e administração de fundos de investimento, cresceram, respectivamente, 23,7%, 12,7% e 6,8% em 12 meses.

Venda de ativos

O presidente da Caixa afirmou que o banco irá buscar sobretudo eficiência para alcançar melhoria em sua rentabilidade, ressaltando a mudança no mix das receitas do banco, que deixaram de majoritariamente ser representadas por habitação.

"Tínhamos participação de quase 70% das receitas compostas por imobiliário. Com a maior presença em outros segmentos, houve mudança razoável, para 77% composta por habitação, consignado e crédito para a infraestrutura", afirmou durante coletiva com a imprensa para explicar os números do ano passado.

Occhi reiterou que o banco está em um novo movimento e que para atingir a meta de melhorar o capital não ficará dependente da venda de ativos.

"Não falamos mais de IPO (abertura de capital em bolsa) na Caixa Seguridade e a venda da Lotex. Estamos com assessores contratados na Lotex e Caixa Seguridade, mas aguardaremos o momento para quando houver informações satisfatórias", afirmou Occhi.

Ele informou ainda que a venda ou o IPO dependem de condições do mercado e que, se houvesse uma oportunidade, dariam continuidade ao plano. "Mas não podemos ficar dependentes da venda de ativos e buscamos eficiência sem a venda de ativos", acrescentou.

Occhi reiterou várias vezes que não há intenção do banco de recorrer a um aporte do Tesouro para levar o banco a uma melhor condição de capital, rentabilidade ou eficiência.

"Existe um novo momento na Caixa, acrescentou. Nosso índice de inadimplência já é menor do que 2016, o resultado operacional é melhor do que 2016 e o nosso esforço na redução de despesas é feito de modo consistente para preservar a visão do empregado da Caixa", disse ainda.

O executivo destacou ainda que o banco tem recursos disponíveis, a partir do melhor uso do capital, para investimentos na área de governo e habitação, que são as duas áreas que terão retomada econômica este ano.

Acompanhe tudo sobre:CaixaDemissões

Mais de Negócios

Na plantação de batata doce, agricultora se destaca como produtora e influencer

No Grupo Pão de Açúcar, cliente fiel sai na frente na corrida por ofertas (online) da Black Friday

Funcionários da PepsiCo Brasil fazem greve por fim da escala 6x1

Na Black Friday da Casas Bahia, celulares lideram buscas — e tem até por R$ 269