Banco do Brasil: acordo internacional mede a relação entre o capital de um banco e o volume de empréstimos (VEJA RIO/VEJA)
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de novembro de 2016 às 09h54.
Por Murilo Rodrigues Alves
Brasília - O presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, disse nesta segunda-feira, 21, que a reestruturação do banco - com o fechamento de agências e plano de aposentadoria incentivada a funcionários - é essencial para que a instituição consiga alcançar 9,5% de capital principal em janeiro de 2019.
O índice é uma exigência das novas regras de Basileia 3, acordo internacional que mede a relação entre o capital de um banco e o volume de empréstimos.
Atualmente, segundo Caffarelli, o nível de capital principal do banco é de 9,07%. "Essas medidas têm um papel significativo nesse movimento. Temos que melhorar nossa rentabilidade, cortar despesas e focar na constituição de um índice nos moldes requeridos sem contar com aportes do Tesouro", afirmou.
O presidente do BB disse que, por uma questão prudencial, o banco quer se antecipar à data da exigência e pretende alcançar os 9,5% em julho do ano que vem. "Estamos trabalhando nesse processo do capital sem contar com efeitos extraordinários, como a venda de ativos", afirmou.
Atualmente, a parte dos acionistas no patrimônio exigido é de 4,7%, mas, pelas regras de Basileia 3, esse piso ficará entre 7% e 9,5%. Esse adicional de capital próprio vai fazer com que o índice de Basileia - atualmente em 11% - chegue a 13% em 2019.
Caffarelli disse que o índice de capital principal do banco vem aumentando ao longo dos últimos meses. Em setembro de 2015 era de 8,07%, em março deste ano aumentou para 8,26% e junho passado chegou a 8,42%.