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Cade decide hoje sobre empresa de irmão mais velho de Joesley

ÀS SETE - Júnior Friboi espera a decisão do órgão para finalizar a compra do frigorífico Mataboi pela empresa de investimentos JBJ

Friboi: a compra do Mataboi foi anunciada por Batista Júnior no fim de 2014, quando o frigorífico estava em recuperação judicial

Friboi: a compra do Mataboi foi anunciada por Batista Júnior no fim de 2014, quando o frigorífico estava em recuperação judicial

DR

Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2017 às 06h40.

Última atualização em 18 de outubro de 2017 às 07h07.

O tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) se reúne nesta quarta-feira para analisar um caso e tanto: a compra do frigorífico Mataboi pela empresa de investimentos JBJ, de José Batista Júnior, conhecido como Júnior Friboi e irmão mais velho de Joesley e Wesley Batista, os controladores do frigorífico JBS.

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A expectativa é que o tribunal reprove a compra, seguindo o tom mais rígido adotado nos últimos meses. Na segunda-feira, a superintendência do órgão considerou a aquisição de metade da XP Investimentos pelo Cade como complexa e o caso agora vai para julgamento no tribunal.

A compra do Mataboi foi anunciada por Batista Júnior no fim de 2014, quando o frigorífico estava em recuperação judicial e um ano após o empresário ter deixado o grupo JBS.

O processo já começou de maneira errada. A operação só foi notificada pela JBJ ao Cade em novembro de 2016, fora do prazo legal. A empresa foi multada em 664.000 reais.

Em seu parecer, a superintendência do Cade mencionava que o caso seria de difícil aprovação. “A JBJ é de propriedade do empresário José Batista Júnior, que tem relação de parentesco com os controladores da JBS, empresa líder no mercado nacional de abate e comercialização de carne in natura”, afirma o parecer publicado em junho.

Para o Cade, esse parentesco e o fato de Batista Júnior ter sido indicado no ano passado para a presidência da JBS na ausência de seus irmãos são “evidências de uma potencial atuação coordenada entre as empresas após a conclusão da operação”.

A julgar pela recente postura do Cade, que vetou, por exemplo, a fusão dos grupos de ensino Kroton e Estácio e das distribuidoras de combustível Ale e Ipiranga, Batista Júnior deve ter vida dura nesta quarta-feira.

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