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C&A deve fechar 12 lojas no Brasil em 2016

A C&A justificou em comunicado que abrir ou fechar lojas é algo inerente ao mercado


	C&A: o cenário de recessão fez quase 100 mil lojistas encerrarem as atividades no país em 2015
 (Róger Randerson/Wikimedia Commons)

C&A: o cenário de recessão fez quase 100 mil lojistas encerrarem as atividades no país em 2015 (Róger Randerson/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2016 às 19h21.

São Paulo - A lista das grandes redes de varejo que têm fechado lojas em 2016 vai ganhar a adesão da C&A.

Após o surgimento de rumores de mercado, a companhia de moda confirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que pretende fechar 12 pontos de venda no Brasil em 2016.

Outras grandes redes de varejo têm encerrado operações de lojas cujos resultados de vendas são considerados insatisfatórios. Ainda no segmento de moda, a Marisa fechou ao todo 15 unidades em 2015.

O Pontofrio, uma das bandeiras de eletroeletrônicos do Grupo Pão de Açúcar (GPA), fechou 45 pontos em 2015 e o Walmart anunciou o encerramento das operações de 60 lojas no Brasil no início deste ano.

A C&A justificou em comunicado que o movimento de análise de performance de lojas faz parte da rotina do negócio e que abrir ou fechar lojas é algo inerente ao mercado.

"Nos últimos 12 meses, a empresa abriu 18 novas unidades e a previsão é que, ao longo de 2016, descontinue a operação de 12, mantendo a sua capilaridade no Brasil", diz a companhia, que tem no País mais de 280 pontos de venda.

Em relatório publicado nesta sexta-feira, 4, analistas do BTG Pactual trataram do enxugamento de operações no varejo e mencionaram informações de mercado de que a C&A fecharia ainda mais unidades, o que a companhia negou.

O cenário de recessão fez quase 100 mil lojistas encerrarem as atividades no País em 2015, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Já os analistas Fabio Monteiro e Thiago Andrade, do BTG, calculam que, depois de um ciclo de expansão que mais que dobrou o total de lojas do comércio brasileiro entre 2004 e 2014, o varejo registrou seu primeiro ano de redução na base, perdendo 13,4% do total de lojas em 2015.

No varejo de moda, há ainda o fechamento de operações de redes estrangeiras que tinham chegado no país há pouco tempo.

A britânica Topshop, por exemplo, chegou ao Brasil em 2012 e vem fechando lojas. A grife Kate Spade também fechou sua loja no País ano passado.

O BTG calculou ainda que, do lado dos investimentos em inaugurações, o ritmo de abertura de lojas novas das grandes redes varejistas tende a continuar fraco neste ano.

Para os analistas, as exceções são companhias que têm apresentado desempenho acima da média do setor, como a Lojas Renner, a RaiaDrogasil e a Lojas Americanas.

Do lado dos que estão reduzindo as inaugurações estão empresas como Marisa, Cia. Hering, Via Varejo e Magazine Luiza, destacam os analistas.

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