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Bunge desativa unidade de processamento no RS

Unidade foi desativada em um ambiente tributário no Brasil que favorece vendas da matéria-prima em detrimento do produto processado

Terminal com grãos de soja, da Bunge: companhia segue ainda com seis unidades de processamento de soja no Brasil (Germano Lüders)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2014 às 19h43.

São Paulo - A Bunge Brasil , subsidiária da multinacional do agronegócio com sede nos Estados Unidos, desativou na quarta-feira sua unidade de processamento de soja em Passo Fundo (RS), informou a empresa nesta quinta-feira.

A unidade da Bunge, líder global no processamento e comercialização de oleaginosas, foi desativada em um ambiente tributário no Brasil que favorece vendas da matéria-prima em detrimento do produto processado.

"Alguns fatores concorreram para esta decisão... Alguns desses fatores têm impactado as atividades de esmagamento de soja no nosso país, favorecendo a venda de grãos em detrimento do processamento de produtos como óleo e farelo", declarou a empresa por meio de sua assessoria de imprensa.

Com um ambiente tributário difícil, a ociosidade das indústrias de esmagamento de soja do Brasil cresceu em 2013 apesar de uma safra recorde, segundo avaliação da Abiove (a entidade que representa o setor), divulgada no ano passado.

O principal entrave é o sistema do PIS e da Cofins. A empresa paga PIS/Cofins na aquisição da soja para o esmagamento, gera créditos tributários proporcionais, mas tem poucas opções para usar esses créditos. A maior parte dos produtos processados é desonerada, incluindo o óleo de soja.

A Bunge segue ainda com seis unidades de processamento de soja no Brasil (Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, duas em Mato Grosso e Piauí).

Segundo a Bunge, a decisão de fechar a unidade gaúcha não afetará as demais atividades da empresa no município de Passo Fundo, nem no Estado do Rio Grande do Sul.

"A empresa manterá todas as demais instalações em funcionamento na cidade: um silo para armazenagem de grãos, além de atividades comerciais, administrativas e logísticas." A Bunge disse ainda que continuará participando ativamente do mercado gaúcho, fornecendo farelo a seus clientes e comprando e movimentando grãos da região, e que manterá suas demais unidades no Estado e na região Sul.

Dos 110 funcionários de Passo Fundo, 40 serão demitidos. Serão mantidos os funcionários que atuam em outros setores (comercial, administrativo, logística e armazenagem) ou aqueles que possam ser transferidos para outras unidades da empresa, de acordo com a disponibilidade de vagas e interesse deles pela transferência.

Em outubro, após reportar prejuízo trimestral, a Bunge sinalizou planos de deixar o seu deficitário negócio de açúcar no Brasil, fazendo da multinacional a primeira grande do agribusiness a avaliar a saída de um mercado que já foi aquecido, tendo atraído bilhões de dólares em investimentos. Até o momento, nenhum acordo foi fechado.

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São Paulo - A Bunge Brasil , subsidiária da multinacional do agronegócio com sede nos Estados Unidos, desativou na quarta-feira sua unidade de processamento de soja em Passo Fundo (RS), informou a empresa nesta quinta-feira.

A unidade da Bunge, líder global no processamento e comercialização de oleaginosas, foi desativada em um ambiente tributário no Brasil que favorece vendas da matéria-prima em detrimento do produto processado.

"Alguns fatores concorreram para esta decisão... Alguns desses fatores têm impactado as atividades de esmagamento de soja no nosso país, favorecendo a venda de grãos em detrimento do processamento de produtos como óleo e farelo", declarou a empresa por meio de sua assessoria de imprensa.

Com um ambiente tributário difícil, a ociosidade das indústrias de esmagamento de soja do Brasil cresceu em 2013 apesar de uma safra recorde, segundo avaliação da Abiove (a entidade que representa o setor), divulgada no ano passado.

O principal entrave é o sistema do PIS e da Cofins. A empresa paga PIS/Cofins na aquisição da soja para o esmagamento, gera créditos tributários proporcionais, mas tem poucas opções para usar esses créditos. A maior parte dos produtos processados é desonerada, incluindo o óleo de soja.

A Bunge segue ainda com seis unidades de processamento de soja no Brasil (Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, duas em Mato Grosso e Piauí).

Segundo a Bunge, a decisão de fechar a unidade gaúcha não afetará as demais atividades da empresa no município de Passo Fundo, nem no Estado do Rio Grande do Sul.

"A empresa manterá todas as demais instalações em funcionamento na cidade: um silo para armazenagem de grãos, além de atividades comerciais, administrativas e logísticas." A Bunge disse ainda que continuará participando ativamente do mercado gaúcho, fornecendo farelo a seus clientes e comprando e movimentando grãos da região, e que manterá suas demais unidades no Estado e na região Sul.

Dos 110 funcionários de Passo Fundo, 40 serão demitidos. Serão mantidos os funcionários que atuam em outros setores (comercial, administrativo, logística e armazenagem) ou aqueles que possam ser transferidos para outras unidades da empresa, de acordo com a disponibilidade de vagas e interesse deles pela transferência.

Em outubro, após reportar prejuízo trimestral, a Bunge sinalizou planos de deixar o seu deficitário negócio de açúcar no Brasil, fazendo da multinacional a primeira grande do agribusiness a avaliar a saída de um mercado que já foi aquecido, tendo atraído bilhões de dólares em investimentos. Até o momento, nenhum acordo foi fechado.

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