Negócios

Bruxelas abre investigação sobre política fiscal da Amazon

Comissão Europeia anunciou início de uma investigação sobre possíveis vantagens fiscais ilegais acordadas por Luxemburgo à Amazon


	Amazon: investigação se soma a outras que envolvem Apple, Starbucks e Fiat
 (Lionel Bonaventure/AFP)

Amazon: investigação se soma a outras que envolvem Apple, Starbucks e Fiat (Lionel Bonaventure/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2014 às 09h54.

Bruxelas - A Comissão Europeia anunciou nesta terça-feira o início de uma investigação exaustiva sobre possíveis vantagens fiscais ilegais acordadas por Luxemburgo à gigante americana do varejo Amazon.

A Comissão busca saber se as autoridades fiscais de Luxemburgo agiram em conformidade com as regras europeias em matéria de ajudas de Estado, ou se acordaram subsídios disfarçados à Amazon, cuja sede europeia está situada no Grão-Ducado.

Esta investigação se soma às que já foram abertas pela Comissão em junho a respeito das vantagens das quais a Apple teria se beneficiado na Irlanda, a rede Starbucks na Holanda e o grupo italiano Fiat em Luxemburgo.

"As autoridades nacionais não devem permitir que as empresas reduzam artificialmente seus métodos de imposição recorrendo a métodos de cálculo favoráveis", ressaltou em um comunicado o comissário a cargo da Concorrência, Joaquín Almunia.

"É justo que as filiais das multinacionais paguem sua parte de impostos e não se beneficiem de um tratamento preferencial que equivaleria a subsídios disfarçados", insistiu.

Como nas outras três investigações, a prática questionada é a chamada "tax rulling", que são decisões antecipativas. Trata-se de cartas de intenção emitidas pelas autoridades fiscais de um país nas quais dão a uma empresa em particular explicações claras sobre a maneira como seu imposto será calculado.

Esta prática influencia em como uma multinacional divide as receitas sujeitas a impostos entre suas filiais em diferentes países.

Esta prática não é ilegal, mas a Comissão suspeita que há abusos na maneira como é aplicada por alguns países em benefício de certos grupos.

Acompanhe tudo sobre:AmazonComércioEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetEuropaImpostosIncentivos fiscaislojas-onlinePolítica fiscal

Mais de Negócios

Os planos da Voz dos Oceanos, a nova aventura da família Schurmann para livrar os mares de plásticos

Depois do Playcenter, a nova aposta milionária da Cacau Show: calçados infantis

Prof G Pod e as perspectivas provocativas de Scott Galloway

Há três meses, marca de hair care Braé lançou produtos para magazines que já são 10% das vendas

Mais na Exame