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British Airways aposenta depois de 50 anos a frota do Boeing 747, o Jumbo

A pandemia do novo coronavírus, que arrasou o setor de transporte aéreo, está forçando a tradicional companhia britânica a acelerar a modernização da frota

Aeronave Boeing da família 747: símbolo da era de ouro da aviação de passageiros (Boeing/Divulgação)

Aeronave Boeing da família 747: símbolo da era de ouro da aviação de passageiros (Boeing/Divulgação)

DG

Denyse Godoy

Publicado em 18 de julho de 2020 às 18h31.

A companhia aérea britânica British Airways anunciou que vai aposentar a sua frota de aeronaves Boeing 747 – o famoso Jumbo – por causa da crise financeira causada pela pandemia do novo coronavírus. “É improvável que a nossa magnífica ‘Rainha dos Ares’ volte a prestar serviço para a British Airways novamente”, disse a empresa em comunicado à imprensa na sexta-feira, 17, classificando a decisão como “de partir o coração”. A família 747 fazia parte da frota da empresa desde o começo da década de 1970.

Assim que o surto da infecção respiratória covid-19 começou a assustar o mundo, em março, a British Airways tirou de operação os seus 31 Boeings 747-400, que têm capacidade para transportar até cerca de 350 passageiros em voos de longa distância e representavam 10% da frota da companhia. A piora da crise levou a empresa a tornar a medida definitiva. Anteriormente, a British Airways pretendia continuar voando com os Boeings 747-400 até 2024. A britânica tinha a maior frota de Jumbos em operação.

O plano da British Airways agora é substituir os Jumbos por aviões mais modernos e econômicos, como os Boeings da família 787 e os Airbus 350.

Com dois andares, primeira classe e executiva, o Jumbo é símbolo da era de ouro da aviação, quando voar era símbolo de status e os passageiros demandavam o maior conforto possível. Nos últimos anos, porém, a British Airways perdeu o posto de maior companhia do Reino Unido para a empresa de baixo custo Easy Jet e se viu forçada a cortar custos e se adaptar aos novos tempos. A crise do novo coronavírus, que acertou em cheio o setor aéreo em todo o mundo, vem acelerando a reestruturação.

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