Briga entre sócios da Usiminas rende (mais) troca de farpas
De um lado da disputa, está o grupo japonês Nippon Steel. Do outro, a Ternium, do conglomerado ítalo-argentino Techint
Da Redação
Publicado em 6 de julho de 2016 às 17h22.
São Paulo - A troca de farpas pública entre acionistas é o novo capítulo de uma das mais longas brigas empresariais já vistas: a disputa por quem manda mais em uma das maiores siderúrgicas do país, a Usiminas .
De um lado, está o grupo japonês Nippon Steel , sócio da companhia desde a sua fundação, há 60 anos. Do outro, a Ternium , do conglomerado ítalo-argentino Techint, no bloco de controle desde 2011.
Ambas têm poder de voto semelhante, mas visões distintas em relação ao futuro da empresa.
Em carta veiculada em jornais nesta terça-feira (5), a Nippon acusa o novo presidente da companhia, Sergio Leite, de comandá-la sob interesses da Ternium.
Também diz que a rival teria espalhado junto a instituições financeiras "o boato de que a Usiminas estaria à beira da falência", além de não apoiar o aumento de capital na siderúrgica.
A japonesa, inclusive, contesta na Justiça a escolha de Leite para comandar a empresa e quer a volta de Rômel de Souza ao posto. Ela alega que a falta de consenso na eleição, ocorrida em maio, contraria o acordo de acionistas, vigente até 2031.
No processo, os três conselheiros indicados pela Nippon votaram contra o nome do executivo. Os demais membros – os três conselheiros indicados pela Ternium, o representante da Previdência Usiminas e o dos funcionários – aprovaram.
O curioso é que um movimento semelhante, mas do lado oposto, aconteceu em setembro de 2014, quando as discordâncias entre as duas sócias vieram à tona.
Naquela época, a Nippon conseguiu eleger Rômel de Souza e derrubar o então presidente Julián Eguren, desligado junto com outros dois diretores, contra a vontade da Ternium, que os havia indicado.
Segundo a japonesa, os executivos teriam recebido (e não devolvido) pagamentos irregulares da Usiminas. A Ternium negava e clamava para que o acordo de acionistas fosse obedecido.
A Nippon, porém, defende que as situações são completamente diferentes.
"Em 2014, houve uma irregularidade legal. Somente nessa excepcionalidade desrespeitamos o acordo", disse o diretor da companhia, Yoichi Furuta, que também é conselheiro da Usiminas, em coletiva com jornalistas.
Ele completou que, em maio, não haveria razão para destituir Souza. "Foi um procedimento muito ilegal. O Rômel estava conduzindo fortes iniciativas para reconstruir a Usiminas, incluindo a renegociação com bancos. Não faz sentido".
Mais lenha na fogueira
Em abril, um novo episódio complicou a disputa entre as companhias pelo controle da siderúrgica, mas, ao mesmo tempo, fez com que elas se unissem pela primeira vez em quase dois anos.
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) deu permissão para a CSN, maior acionista minoritária da Usiminas, indicar dois membros para o conselho de administração.
Ela estava proibida de exercer direitos políticos sobre a competidora desde 2012. Nippon, Ternium e Usiminas se uniram para tentar reverter a situação na Justiça.
"A CSN é a principal concorrente da Usiminas e tem tudo para querer atrapalhar os negócios dela. Por isso achamos absurda a decisão do Cade", afirmou Furuta, da Nippon.
Ao jornal O Estado de S. Paulo, o procurador-chefe da organização antitruste Victor Santos Rufino justificou que a briga entre os sócios, aliada à crise financeira grave que a produtora de aço enfrenta, foi o motivo para permitir a entrada de um terceiro no conselho.
Como quem coloca lenha na fogueira, a CSN acusa a Nippon de ter vendido o controle da Usiminas à rival Ternium, recebendo em troca mais contratos entre partes relacionadas com a siderúrgica, que totalizariam 20 bilhões de reais.
"É um erro. Os negócios giram em torno de 2 bilhões de reais. Não temos nem 1% dos contratos entre partes relacionadas (da Usiminas). Não sei onde eles basearam essas informações absurdas", defendeu o presidente da Nippon.
Divórcio
Um acordo amigável entre Nippon e Ternium já está em descrédito pelo mercado.
Embora não confirmem negociações oficiais, as empresas já falam em uma outra solução para o conflito: a separação e venda de ativos.
No "divórcio", a Nippon ficaria com a fábrica de Ipatinga, em Minas Gerais, e a Ternium com a de Cubatão, em São Paulo.
"A Ternium tem falado por aí que ela tem sinergias em Cubatão e que quer a divisão. Por outro lado, Ipatinga tem relação com a Nippon, a planta produz aços de melhor qualidade, aços especiais", disse Furuta.
O diretor da Nippon mencionou ainda uma terceira forma de reverter os problemas: a união da Usiminas com outra siderúrgica em uma ação macro para resgatar o setor como um todo.
Entretanto, ele não deu detalhes de como essa associação poderia acontecer.
"Quando há excesso de capacidade, empresas podem se unir para ajustar a oferta. Esse tipo de reestruturação tem a ver com o país, o governo coordenaria. Mas, na atual situação do Brasil, acho difícil que isso ocorra", disse.
Furuta defende que, mesmo com todas as brigas, a Usiminas tem conseguido tomar "decisões estratégicas" para sair da crise em que está mergulhada.
"Aprovamos o aumento de capital ( de 1 bilhão de reais, em abril). E também a parada das atividades primárias de Cubatão", afirmou.
Ele reiterou que acredita que ainda há espaço para um acordo de recuperação, mas reforçou as disparidades com a parceira.
"Para nós, a Usiminas é independente, uma empresa de primeira linha, e vamos fazer de tudo para que siga assim. Para a Ternium, ela é só mais um ativo de sinergia na América Latina", disse.
Números
A Usiminas teve um prejuízo de 151 milhões de reais no primeiro trimestre, uma perda 35,7% menor do que a contabilizada no mesmo intervalo do ano passado.
O número também foi 10 vezes menor que o visto nos três meses anteriores, quando ajustes contábeis foram feitos.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi positivo: de 52 milhões de reais, mas 7,3 vezes menor que o registrado em igual período de 2015.
Com esse resultado, a empresa quebrou uma sequência de dois trimestres de queima de caixa, cenário que a obrigou a aumentar o capital, numa tentativa de acertar as contas.
Procurada, a Ternium disse a EXAME.com que não vai comentar as acusações da Nippon.
Reprodução/Economatica
Reprodução/EconomaticaNas fotos, veja os dados de cada uma das empresas nos últimos sete anos. Eles foram compilados a partir de demonstrativos financeiros apresentados à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |
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Receita líquida operacional | R$ 26,54 bilhões | R$ 31,39 bilhões | R$ 35,40 bilhões | R$ 37,98 bilhões | R$ 39,86 bilhões | R$ 42,54 bilhões | R$ 43,58 bilhões |
Lucro líquido líquido | R$ 1,12 bilhão | R$ 2,14 bilhões | R$ 2,00 bilhões | R$ 1,42 bilhão | R$ 1,58 bilhão | R$ 1,40 bilhão | -R$ 4,55 bilhões |
Dívida total bruta | R$ 14,52 bilhões | R$ 14,66 bilhões | R$ 13,68 bilhões | R$ 14,66 bilhões | R$ 16,70 bilhões | R$ 19,52 bilhões | R$ 26,46 bilhões |
2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |
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Receita líquida operacional | R$ 10,97 bilhões | R$ 14,45 bilhões | R$ 16,51 bilhões | R$ 16,86 bilhões | R$ 17,31 bilhões | R$ 16,26 bilhões | R$ 15,33 bilhões |
Lucro líquido | R$ 2,59 bilhões | R$ 2,51 bilhões | R$ 3,70 bilhões | - R$ 420,11 milhões | R$ 509,02 milhões | - R$ 105,21 milhões | R$ 1,25 bilhão |
Dívida total bruta | R$ 14,36 bilhões | R$ 20,08 bilhões | R$ 27,88 bilhões | R$ 30,15 bilhões | R$ 27,74 bilhões | R$ 29,88 bilhões | R$ 34,38 bilhões |
2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |
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Receita líquida operacional | R$ 10,92 bilhões | R$ 12,96 bilhões | R$ 11,90 bilhões | R$ 12,70 bilhões | 12,82 bilhões | 11,74 bilhões | R$ 10,18 bilhões |
Lucro líquido | R$ 1,23 bilhão | R$ 1,57 bilhão | R$ 233,07 milhões | - R$ 639,57 milhões | - R$ 141,67 milhões | R$ 129,55 milhões | - R$ 3,23 bilhões |
Dívida total bruta | R$ 5,53 bilhões | R$ 7,75 bilhões | R$ 8,76 bilhões | R$ 8,15 bilhões | R$ 6,84 bilhões | R$ 6,68 bilhões | R$ 7,86 bilhões |
2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |
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Receita líquida operacional | R$ 2,51 bilhões | R$ 3,19 bilhões | R$ 4,09 bilhões | R$ 4,02 bilhões | R$ 5,54 bilhões | R$ 4,73 bilhões | R$ 5,37 bilhões |
Lucro líquido | R$ 194,02 milhões | R$ 47,53 milhões | - R$ 47,69 milhões | - R$ 206,48 milhões | R$ 5,90 milhões | R$ 123,88 milhões | R$ 134,78 milhões |
Dívida total bruta | R$ 486,29 milhões | R$ 763,16 milhões | R$ 697,59 milhões | R$ 805,19 milhões | R$ 1,11 bilhão | R$ 1,33 bilhão | R$ 1,95 bilhão |
2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |
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Receita líquida operacional | R$ 450,75 millhões | R$ 673,05 milhões | R$ 642,33 milhões | R$ 707,40 milhões | R$ 799,77 milhões | R$ 828,24 milhões | R$ 936,92 milhões |
Lucro líquido | R$ 35,63 milhões | R$ 133,72 milhões | R$ 90,61 milhões | R$ 85,32 milhões | R$ 73,48 milhões | R$ 91,40 milhões | R$ 173,22 milhões |
Dívida total bruta | R$ 42,31 milhões | R$ 0 | R$ 13,90 mihões | R$ 0 | R$ 8,48 milhões | R$ 13,67 milhões | R$ 17,82 milhões |
2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |
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Receita líquida operacional | R$ 679,39 milhões | R$ 671,55 milhões | R$ 617,96 milhões | R$ 700,97 milhões | R$ 807,34 milhões | R$ 591,53 milhões | R$ 823,80 milhões |
Lucro líquido | R$ 50,78 milhões | R$ 70,27 milhões | R$ 37,31 milhões | -R$ 117,21 milhões | -R$ 80,31 milhões | -R$ 185,42 milhões | -R$ 151,70 milhões |
Dívida total bruta | R$ 213,77 milhões | R$ 325,42 milhões | R$ 457,02 milhões | R$ 672,73 milhões | R$ 719,24 milhões | R$ 616,51 milhões | R$ 539,70 milhões |
2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |
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Receita líquida operacional | R$ 215,07 milhões | R$ 366,33 milhões | R$ 422,12 milhões | R$ 424,44 milhões | R$ 594,76 milhões | R$ 905,84 milhões | R$ 705,97 milhões |
Lucro líquido | -R$ 3,01 milhões | R$ 25,40 milhões | R$ 28,25 milhões | R$ 31,28 milhões | R$ 62,09 milhões | R$ 132,68 milhões | R$ 6,23 milhões |
Dívida total bruta | R$ 168,30 milhões | R$ 164,48 milhões | R$ 210,16 milhões | R$ 133,75 milhões | R$ 115,80 milhões | R$ 106,39 milhões | R$ 104,00 milhões |
2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |
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Receita líquida operacional | R$ 295,53 milhões | R$ 377,66 milhões | R$ 365,58 milhões | R$ 374,83 milhões | R$ 746,37 milhões | R$ 736,92 milhões | R$ 634,92 milhões |
Lucro líquido | R$ 8,98 milhões | R$ 19,96 milhões | R$ 13,30 milhões | R$ 15,40 milhões | R$ 64,81 milhões | R$ 15,54 milhões | R$ 11,06 milhões |
Dívida total bruta | R$ 29,161 milhões | R$ 65,75 milhões | R$ 55,05 milhões | R$ 87,84 milhões | R$ 172,38 milhões | R$ 200,38 milhões | R$ 236,35 milhões |
2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |
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Receita líquida operacional | R$ 631,53 milhões | R$ 783,27 milhões | R$ 722,90 milhões | R$ 474,31 milhões | R$ 460,99 milhões | R$ 449,94 milhões | R$ 427,47 milhões |
Lucro líquido | R$ 16,74 milhões | R$ 7,68 milhões | -R$ 11,64 milhões | -R$ 53,22 milhões | -R$ 49,06 milhões | R$ 15,85 milhões | -R$ 51,34 milhões |
Dívida total bruta | R$ 346,95 milhões | R$ 515,87 milhões | R$ 483,73 milhões | R$ 465,39 milhões | R$ 403,52 milhões | R$ 437,48 milhões | R$ 571,52 milhões |
2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |
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Receita líquida operacional | R$ 555,16 milhões | R$ 581,55 milhões | R$ 574,00 milhões | R$ 619,69 milhões | R$ 565,28 milhões | R$ 384,28 milhões | R$ 268,29 milhões |
Lucro líquido | R$ 15,40 milhões | - R$ 73,22 milhões | -R$ 241,33 milhões | -R$ 560,69 milhões | -R$ 378,78 milhões | -R$ 631,00 milhões | -R$ 75,13 milhões |
Dívida total bruta | R$ 1,04 bilhão | R$ 565,41 milhões | R$ 757,00 milhões | R$ 790,59 milhões | R$ 788,61 milhões | R$ 273,34 milhões | R$ 200,34 milhões |
2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |
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Receita líquida operacional | R$ 187,69 milhões | R$ 199,15 milhões | R$ 209,95 milhões | R$ 224,63 milhões | R$ 247,54 milhões | R$ 236,66 milhões | R$ 221,96 milhões |
Lucro líquido | R$ 25,35 milhões | R$ 19,85 milhões | R$ 17,75 milhões | R$ 22,28 milhões | R$ 22,60 milhões | R$ 19,92 milhões | R$ 16,58 milhões |
Dívida total bruta | R$ 187,69 milhões | R$ 199,15 milhões | R$ 209,95 milhões | R$ 224,63 milhões | R$ 247,54 milhões | R$ 236,66 milhões | R$ 221,96 milhões |
2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |
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Receita líquida operacional | R$ 123,09 milhões | R$ 145,89 milhões | R$ 172,19 milhões | R$ 183,78 milhões | R$ 180,36 milhões | R$ 171,32 milhões | R$ 146,63 milhões |
Lucro líquido | R$ 1,96 milhão | R$ 5,92 milhões | R$ 8,69 milhões | R$ 7,70 milhões | R$ 9,21 milhões | R$ 6,77 milhões | R$ 122,00 mil |
Dívida total bruta | R$ 123,09 milhões | R$ 145,89 milhões | R$ 172,19 milhões | R$ 183,78 milhões | R$ 180,36 milhões | R$ 171,32 milhões | R$ 146,63 milhões |
2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |
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Receita líquida operacional | R$ 72,907 milhões | R$ 92,44 milhões | R$ 69,05 milhões | R$ 51,69 milhões | R$ 67,10 milhões | R$ 81,49 milhões | R$ 116,93 milhões |
Lucro líquido | -R$ 3,04 milhões | R$ 277,00 mil | R$ 1,05 milhão | -R$ 3,48 milhões | -R$ 22,92 milhões | -R$ 4,82 milhões | -R$ 10,23 milhões |
Dívida total bruta | R$ 17,92 milhões | R$ 11,43 milhões | R$ 13,65 milhões | R$ 24,95 milhões | R$ 35,48 milhões | R$ 37,37 milhões | R$ 30,42 milhões |
2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |
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Receita líquida operacional | R$ 30,05 milhões | R$ 33,72 milhões | R$ 35,13 milhões | R$ 29,75 milhões | R$ 30,55 milhões | R$ 35,90 milhões | R$ 26,64 milhões |
Lucro líquido | R$ 2,44 milhões | R$ 3,51 milhões | R$ 6,31 milhões | R$ 9,26 milhões | R$ 2,98 milhões | R$ 4,98 milhões | R$ 3,14 milhões |
Dívida total bruta | R$ 70,01 milhões | R$ 70,40 milhões | R$ 60,57 milhões | R$ 50,75 milhões | R$ 52,31 milhões | R$ 52,45 milhões | R$ 52,16 milhões |