Marcelo Schucman, Doug Storf, Mateus Furini e Ury Rappaport, sócios da Swap: De 2021 a 2023, a receita líquida da empresa aumentou 25 vezes e o volume total de pagamentos transacionados pela plataforma disparou 15 vezes. (Swap/Divulgação)
EXAME Solutions
Publicado em 8 de maio de 2024 às 13h45.
Última atualização em 8 de maio de 2024 às 16h16.
Primeira empresa brasileira de BaaS a criar cartões bandeirados para distribuições de benefícios aceitos em qualquer estabelecimento, solução que revolucionou um mercado que movimenta R$ 7 bilhões anuais, a fintech de infraestrutura financeira Swap atingiu o "breakeven" – ponto de equilíbrio do negócio em que as receitas totais se igualam aos custos – no final de 2023.
"Alcançar este marco em cinco anos de vida é um feito extremamente difícil para qualquer empresa criando infraestrutura financeira, e entre as 5% melhores em qualquer métrica de SaaS [Software as a Service] do Vale do Silício", diz Fabrício Pettená, partner da Global Founders Capital, fundo que investe na Swap desde a sua primeira série de captações.
Os números sólidos reportados pela empresa nos últimos anos justificam o bom momento. De 2021 a 2023, a receita líquida aumentou 25 vezes e o volume total de pagamentos transacionados pela plataforma disparou 15 vezes. No último ano, a carteira de clientes subiu 60%, o que contribuiu para o alcance da marca de mais de 6 milhões de cartões emitidos.
De olho no futuro, a Swap pretende quadruplicar de tamanho até 2025, impulsionada por dois fatores principais. Como explica o CEO Doug Storf, o primeiro deles é o crescimento natural a partir dos novos clientes incorporados à base nos últimos 12 meses. “Em negócios como o da Swap, é comum que novos clientes apresentem um aumento acelerado nos volumes transacionados nos primeiros anos de parceria”, explica.
O segundo fator destacado por Doug é a capacidade da Swap de atender novos segmentos de forma especializada. “Com maior integração vertical da nossa plataforma e o desenvolvimento de uma variedade mais ampla de ofertas, estamos preparados para atender segmentos com necessidades semelhantes às dos que já servimos”, afirma.
Ele cita como exemplos os setores de agro, gestão de frotas, antecipação salarial, consignado, premiações, cartão de crédito corporativo e viagens corporativas.
A Swap oferece uma ampla gama de soluções em BaaS (Banking as a Service), incluindo cartões pré-pagos e de crédito, contas digitais, Pix, transferências bancárias, boletos, plataformas de gestão, processos de KYC e sistemas antifraude, todos personalizáveis.
Essas soluções são disponibilizadas no modelo white label, acessíveis via APIs, aplicativos móveis ou interfaces web, e podem ser contratadas de forma completa ou modular, com destaque para as soluções totalmente personalizadas que se adaptam à realidade específica de cada cliente.
Para o CEO da empresa, o sucesso da Swap se deve à estratégia de diferenciação focada na especialização por caso de uso. "Nosso destaque em relação a outros players vem da especialização que começou com benefícios e despesas corporativas. Isso nos permitiu construir soluções mais verticalizadas e completas em termos de funcionalidades, transformando-nos no 'one-stop-shop' dos nossos clientes”, explica. “Um cliente que opera em benefícios e decide expandir para gastos corporativos, pode fazê-lo com esforço mínimo, sem ter de procurar novos parceiros de BaaS.”
À medida que amadurece a sua estratégia de diferenciação, a Swap vem expandindo gradualmente sua especialização para além dos mercados de benefícios e despesas corporativas. A empresa está se consolidando cada vez mais como uma solução B2B especializada em diversos casos de uso, incluindo folha de pagamentos, viagens corporativas, cartões de crédito corporativos, antecipação salarial e empréstimo consignado, entre outros.
Vale destacar que a Swap tem entre clientes empresas como Copastur, Onfly, Paytrack e Sólides. No rol de investidores, além de GFC e Canary, a empresa conta com os aportes de outros nomes de peso como Tiger Global, OneVC e Flourish, além do apoio de investidores-anjo como Justin Mateen, fundador do Tinder; Rahul Mehta, managing partner da DST Global; Ariel Lambrecht, fundador da 99; e Patrick Sigrist e Guilherme Bonifácio, cofundadores do iFood.