São Paulo - Devido à demanda aquecida e ao preço favorável de insumos nos Estados Unidos , a Braskem , que já é líder no mercado de polipropileno no país, estuda a abertura de mais uma fábrica por lá.
A nova planta deve ser construída no estado do Texas, onde ficam três das cinco unidades que a brasileira possui em terras norte-americanas.
O projeto deve ser apresentado ao conselho de administração da empresa no fim deste ano ou no começo do próximo.
"A matéria-prima, o propeno, tem hoje nos Estados Unidos um custo muito competitivo em relação a outras geografias", disse o novo presidente da companhia, Fernando Musa, em coletiva com jornalistas nesta quinta-feira (5).
A compra de ativos também está no radar. "Estamos avaliando possibilidades de desgargalar plantas já existentes e de construir uma nova, mas continuamos abertos às oportunidades de aquisição", afirmou Musa.
Internacionalizar as receitas e se consolidar no mercado mundial de polímeros são objetivos antigos da Braskem.
Em 2012, 57% da produção da química era feita no Brasil e/ou direcionada ao mercado local. Neste ano, essa parcela deve ser reduzida para 49%.
Essa inversão acontecerá com o impulso do novo polo produtivo do México, que também será uma plataforma de exportação.
A companhia investiu 5,2 bilhões de dólares na construção da unidade, que fabricou no mês passado o seu primeiro lote de polietileno.
Resultado
Não por acaso, o mercado externo foi o grande responsável pelos resultados recordes apresentados pela Braskem no trimestre.
Ela teve um lucro de 747 milhões de reais, avanço de 266% ante igual período do ano passado, e um faturamento líquido de 12,17 bilhões de reais, aumento de 19% na mesma comparação.
A receita consolidada dos Estados Unidos, Europa e das exportações brasileiras (excluindo a revenda de nafta e condensado de petróleo), foi de 5 bilhões de reais, 44% da total. Desse valor, 2,5 bilhões de reais correspondem a exportações.
De janeiro a março, a empresa enviou para fora do país, 415.000 toneladas de resinas, volume 62% maior do que o registrado no primeiro trimestre de 2015.
Isso aconteceu porque o mercado doméstico encolheu 18% no período, atingindo 1,16 milhões de toneladas. A Braskem vendeu internamente 780.000 toneladas, também um volume 18% menor.
"Devido a desafios que economia brasileira tem apresentado para alguns dos nossos clientes e setores que abastecemos, fomos forçados a aumentar nosso volume de exportação. E exportar ainda mais é uma de nossas grandes prioridades", esclareceu Musa.
Para todo 2016, porém, a expectativa é de um recuo menos acentuado do mercado no país, de cerca de 7%. Segundo a companhia, o fatumento do primeiro trimestre de 2015 foi muito forte, o que faz com que os números deste começo de ano pareçam mais críticos.
Investimentos
No primeiro trimestre, a Braskem investiu 746 milhões de reais. Para o ano todo, estão previstos 3,66 bilhões de reais.
Boa parte dessa quantia (1,79 bilhão de reais, ou 49%) será destinada a eventos operacionais, como manutenção e produtividade. Cerca de 1,3 bilhão de reais será alocado na conclusão do polo no México e 537 milhões irão para projetos estratégicos.
Nesse último quesito, entra a instalação de um sistema de flexibilização que vai permitir que 15% da produção da planta de Camaçari, na Bahia, possa operar também com a matéria-prima etano, e não apenas com nafta.
Investimentos para fabricar nos Estados Unidos o polietileno de ultra-alto peso molecular (UTEC), produto 100% desenvolvido no Brasil e que pode substituir o aço e o acrílico, também entram na cota de projetos estratégicos.
- 1. Na contramão da crise
1 /27(Thinkstock)
São Paulo - O ano de 2015 foi amargo para grande parte das empresas no Brasil – mas há exceções. Algumas companhias não só conseguiram contornar a
crise como registraram ganhos recordes no ano passado. É o caso do Itaú, que teve
o maior lucro anual já visto no Brasil, de 23,35 bilhões de reais. Outros grandes
bancos também se deram bem, assim como empresas do setor de finanças, seguros e energia, principalmente. A seguir, veja as companhias listadas em bolsa no Brasil que tiveram os 25 melhores resultados de 2015. O levantamento foi feito pela
Economatica .
2. 1. Itaú Unibanco 2 /27(Sergio Moraes / Reuters)
Lucro em 2015 | R$ 23,35 bilhões |
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Lucro em 2014 | R$ 20,24 bilhões |
Variação | 15,37% |
Setor | Finanças e seguros |
3. 2. Bradesco 3 /27(Andrew Harrer/Bloomberg)
Lucro em 2015 | R$ 17,18 bilhões |
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Lucro em 2014 | R$ 15,08 bilhões |
Variação | 13,93% |
Setor | Finanças e seguros |
4. 3. Banco do Brasil 4 /27(Pilar Olivares/Reuters)
Lucro em 2015 | R$ 14,39 bilhões |
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Lucro em 2014 | R$ 11,24 bilhões |
Variação | 28,02% |
Setor | Finanças e seguros |
5. 4. Ambev 5 /27(Germano Lüders / EXAME)
Lucro em 2015 | R$ 12,42 bilhões |
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Lucro em 2014 | R$ 12,06 bilhões |
Variação | 2,98% |
Setor | Alimentos e bebidas |
6. 5. Santander 6 /27(Pilar Olivares/REUTERS)
Lucro em 2015 | R$ 6,99 bilhões |
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Lucro em 2014 | R$ 2,16 bilhões |
Variação | 223,60% |
Setor | Finanças e seguros |
7. 6. BTG Pactual 7 /27(Gustavo Kahil / Exame.com)
Lucro em 2015 | R$ 5,62 bilhões |
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Lucro em 2014 | R$ 3,36 bilhões |
Variação | 67,25% |
Setor | Finanças e seguros |
8. 7.JBS 8 /27(Divulgação)
Lucro em 2015 | R$ 4,64 bilhões |
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Lucro em 2014 | R$ 2,03 bilhões |
Variação | 128,57% |
Setor | Alimentos e bebidas |
9. 8. BB Seguridade 9 /27(Adriano Machado)
Lucro em 2015 | R$ 4,20 bilhões |
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Lucro em 2014 | R$ 3,45 bilhões |
Variação | 21,74% |
Setor | Finanças e seguros |
10. 9. Cielo 10 /27(Divulgação/Cielo)
Lucro em 2015 | R$ 3,51 bilhões |
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Lucro em 2014 | R$ 3,21 bilhões |
Variação | 9,35% |
Setor | Software e dados |
11. 10. Telefônica Vivo 11 /27(Adriano Machado/Bloomberg)
Lucro em 2015 | R$ 3,42 bilhões |
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Lucro em 2014 | R$ 4,39 bilhões |
Variação | -22,10% |
Setor | Telecomunicações |
12. 11. Braskem 12 /27(Divulgação)
Lucro em 2015 | R$ 3,14 bilhões |
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Lucro em 2014 | R$ 864,06 milhões |
Variação | 263,40% |
Setor | Químico |
13. 12. BRF 13 /27(Adriano Machado/Bloomberg)
Lucro em 2015 | R$ 3,11 bilhões |
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Lucro em 2014 | R$ 2,22 bilhões |
Variação | 40,08% |
Setor | Alimentos e bebidas |
14. 13. Cemig 14 /27(Divulgação)
Lucro em 2015 | R$ 2,49 bilhões |
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Lucro em 2014 | R$ 3,13 bilhões |
Variação | -20,45% |
Setor | Energia elétrica |
15. 14. BM&FBovespa 15 /27(Nacho Doce/Reuters)
Lucro em 2015 | R$ 2,20 bilhões |
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Lucro em 2014 | R$ 977,05 milhões |
Variação | 125,17% |
Setor | Finanças e seguros |
16. 15. TIM 16 /27(Pilar Olivares / Reuters)
Lucro em 2015 | R$ 2,07 bilhões |
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Lucro em 2014 | R$ 1,54 bilhão |
Variação | 34,42% |
Setor | Telecomunicações |
17. 16. Ultrapar 17 /27(Lia Lubambo/EXAME.com)
Lucro em 2015 | R$ 1,50 bilhão |
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Lucro em 2014 | R$ 1,24 bilhão |
Variação | 20,97% |
Setor | Químico |
18. 17. Tractebel 18 /27(Adriano Machado/Bloomberg)
Lucro em 2015 | R$ 1,50 bilhão |
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Lucro em 2014 | R$ 1,38 bilhão |
Variação | 8,70% |
Setor | Energia elétrica |
19. 18. Kroton 19 /27(Germano Lüders/EXAME)
Lucro em 2015 | R$ 1,39 bilhão |
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Lucro em 2014 | R$ 1,00 bilhão |
Variação | 39,00% |
Setor | Educação |
20. 19. EDP Brasil 20 /27(Mario Proenca/Bloomberg)
Lucro em 2015 | R$ 1,26 bilhão |
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Lucro em 2014 | R$ 734,50 milhões |
Variação | 71,55% |
Setor | Energia elétrica |
21. 20. CSN 21 /27(Alexandre SantAnna/Veja Rio)
Lucro em 2015 | R$ 1,25 bilhão |
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Prejuízo em 2014 | - R$ 105,21 milhões |
Variação | Não se aplica |
Setor | Siderurgia |
22. 21. Copel 22 /27(Divulgação)
Lucro em 2015 | R$ 1,19 bilhão |
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Lucro em 2014 | R$ 1,20 bilhão |
Variação | -0,83% |
Setor | Energia elétrica |
23. 22. WEG 23 /27(Germano Lüders/EXAME)
Lucro em 2015 | R$ 1,15 bilhão |
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Lucro em 2014 | R$ 954,72 milhões |
Variação | 20,45% |
Setor | Máquinas industriais |
24. 23. Porto Seguro 24 /27(Divulgação/Porto Seguro)
Lucro em 2015 | R$ 1,00 bilhão |
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Lucro em 2014 | R$ 875,82 milhões |
Variação | 14,18% |
Setor | Finanças e seguros |
25. 24. Taesa 25 /27(Dado Galdieri/Bloomberg)
Lucro em 2015 | R$ 909,42 milhões |
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Lucro em 2014 | R$ 904,84 milhões |
Variação | 0,51% |
Setor | Energia elétrica |
26. 25. CCR 26 /27(Valéria Gonçalves/EXAME.com)
Lucro em 2015 | R$ 874,36 milhões |
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Lucro em 2014 | R$ 1,34 bilhão |
Variação | -34,75% |
Setor | Transporte e serviços |
27. Agora veja as empresas no lado oposto da balança 27 /27(Germano Luders/Exame)