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Brasil Foods pede mais prazo ao Cade

Correndo contra o tempo, o presidente da BRF, José Antônio do Prado Fay, iniciou hoje o trabalho de convencimento dos conselheiros do Cade que ainda irão votar sobre a operação

Brasil Foods (EXAME)

Brasil Foods (EXAME)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2011 às 22h05.

Brasil - A Brasil Foods (BRF) pediu mais tempo ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para tentar apresentar um acordo que impeça a reprovação definitiva da fusão entre a Perdigão e a Sadia. Na semana passada, em clima bastante tenso, o relator da matéria no conselho, Carlos Ragazzo, deu voto contrário à transação por considerá-la danosa ao consumidor. O julgamento foi suspenso pelo pedido de vista do conselheiro Ricardo Ruiz. O assunto voltará a ser discutido na quarta-feira.

Correndo contra o tempo, o presidente da BRF, José Antônio do Prado Fay, iniciou hoje o trabalho de convencimento dos conselheiros do Cade que ainda irão votar sobre a operação. No início da noite ele se reuniu, por cerca de uma hora, com os conselheiros Ruiz e Alessandro Octaviani e mais dois procuradores do Cade. Também participaram do encontro o vice-presidente de assuntos corporativos da empresa, Wilson Mello, e o advogado Paulo de Tarso Ramos Ribeiro.

"Nós estamos tentando fazer com que esse pedido de vista seja uma oportunidade para que a empresa consiga explicar seus argumentos e encontre uma solução negociada com o Cade", afirmou Mello, após o encontro.

A estratégia da empresa é ganhar tempo para conseguir negociar um acordo. "A partir da manifestação do conselheiro (Ruiz), nós vamos saber se ele vai julgar ou se vai abrir o espaço para negociação. Nós só vamos saber isso de fato na quarta-feira", afirmou o vice-presidente de assuntos corporativos da BRF. "Se nós quisermos firmar um acordo, nós precisamos de tempo para discutir", acrescentou.

A fusão entre a Perdigão e a Sadia vem sendo analisada há dois anos e um mês. O negócio já passou pelo Ministério da Fazenda e pela procuradoria do Cade, que sugeriram a aprovação do negócio com sérias restrições.

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