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Brasil Ecodiesel pode ganhar conselho mais favorável à união com Vanguarda

Veremonte, de Enrique Bañuelos, exige convocação de assembleia de acionistas para mudar conselheiros da empresa

Brasil Ecodiesel: novo conselho poderia autorizar união com Vanguarda (ANDRE LUIZ MELLO /EXAME.com)

Brasil Ecodiesel: novo conselho poderia autorizar união com Vanguarda (ANDRE LUIZ MELLO /EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2011 às 21h17.

São Paulo – A Veremonte, empresa que representa os interesses do bilionário espanhol Enrique Bañuelos, voltou à carga para unir a Brasil Ecodiesel e a Vanguarda.

A Veremonte exigiu a convocação de uma assembleia extraordinária de acionistas da Brasil Ecodiesel, com o objetivo de eleger um novo conselho de administração que seja mais favorável à união das companhias de agronegócio.

Atualmente, a Veremonte detém 22% da Brasil Ecodiesel, sendo seu maior acionista individual, e 50% da Vanguarda. Em meados de abril, a Brasil Ecodiesel recebeu a proposta de incorporação da Vanguarda.

A ideia foi formalmente rejeitada pelos seus conselheiros em meados de maio, o que causou grande perplexidade na Veremonte. “Chegamos à conclusão de que o melhor é eleger um conselho mais alinhado com os interesses de longo prazo da Brasil Ecodiesel”, diz Marcelo Paracchini, CEO da Veremonte e membro do conselho da Brasil Ecodiesel.

A proposta da Veremonte não é apenas o de mudar os conselheiros, mas também a sua própria estrutura. Hoje, a instância conta com sete assentos. Dois assentos são ocupados por representantes da Veremonte. Outros quatro são controlados pelo empresário Silvio Tini e seus aliados. O sétimo assento é do independente Joel Mendes Rennó, que o preside.

A Veremonte pretende reduzir as cadeiras a seis. Duas continuariam com a empresa de Enrique Bañuelos, duas iriam para Silvio Tini, e outras duas seriam distribuídas a um novo aliado da Veremonte, o empresário Hélio Seibel, sócio da Duratex.

Seibel comprou, nesta segunda-feira (6/6), 8,8% da Brasil Ecodiesel por um valor não revelado. Os papéis foram vendidos pela Veremonte, que reduziu sua fatia de 30% para cerca de 22%. “Seibel é um sócio estratégico com quem conversávamos desde dezembro”, afirmou Paracchini.


Segundo o executivo, o novo conselho teria um perfil mais simpático à ideia da incorporação da Vanguarda. “Pelo menos, os conselheiros votariam pela análise da proposta, o que nem foi feito”, disse. O conselho atual foi eleito em 29 de abril, com mandato de um ano.

Quando a ideia foi descartada pela Brasil Ecodiesel, há pouco menos de um mês, Rennó declarou publicamente que o conselho optou por concluir a união com o Maeda. Paracchini afirma que a tarefa não é incompatível com a incorporação da Vanguarda. “A união já está praticamente concluída”, disse.

Em outra versão, a negativa do conselho da Brasil Ecodiesel seria sustentada pelo temor de Silvio Tini de ter sua participação diluída na nova empresa. Segundo Paracchini, se a incorporação fosse aprovada, Tini veria sua participação cair pela metade, para aproximadamente 8%.

Já a Veremonte teria cerca de 50% da companhia. Paracchini afirma que não é objetivo da Veremonte manter uma fatia desse tamanho. “Sempre trabalhamos com um nível de 20% a 30%, e queremos atrair mais investidores para o projeto.”

Juntas, a Vanguarda e a Brasil Ecodiesel formariam um grupo de 2,1 bilhões de reais. A Brasil Ecodiesel publicou em seu site, no início da noite, o fato relevante informando que a Vila Rica Participações – um dos veículos de investimento da Veremonte na empresa – exigiu a convocação da AGE.

Agora, a empresa terá de 15 a 23 dias para realizá-la.

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