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Bradesco prevê desaceleração da carteira de crédito em 2011

Expectativa fica abaixo do crescimento de 20,2% da carteira no ano passado

Bradesco: o banco planeja investir cerca de 5 bilhões de reais nesse ano para melhorias nos sistemas de tecnologia e para abrir 183 novas agências (Divulgacao)

Bradesco: o banco planeja investir cerca de 5 bilhões de reais nesse ano para melhorias nos sistemas de tecnologia e para abrir 183 novas agências (Divulgacao)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2011 às 15h28.

São Paulo - O Bradesco prevê uma queda no crescimento do crédito em 2011. No ano passado, a evolução da carteira foi de 20,2%. Em 2011, o banco prevê uma expansão de 15% a 19%. O banco apresentou, nesta segunda-feira (31/1), algumas de suas projeções para 2011, em audioconferência com jornalistas sobre os resultados do banco em 2010.

"As projeções levaram em conta um momento de maior rigor na política monetária. Acreditamos que a visão em relação à carteira de crédito vai se concretizar em função de um novo momento. Saímos de um ano de crescimento acelerado", disse o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco Cappi. No cenário desenhado pelo Bradesco, o PIB brasileiro deve crescer 4,30%, neste ano, e 4,40%, em 2012. "Nesse ritmo, a demanda de crédito à pessoa física e jurídica é diferente de quando a economia cresce 7%", afirmou.

Em 2010, a evolução da carteira foi impulsionada pelo crédito a micro, pequenas e médias empresas (cresceu 29,2%), seguido pela pessoa física (19,5%) e grandes empresas (13,7%). Em 2011, a expectativa do banco é de crescimento entre 20% a 24% em crédito a pequenas e médias empresas. A expectativa de crescimento do crédito a pessoas físicas fica entre 13% e 17%, e para as grandes empresas, entre 11% e 15%.

Sem bolha

Em produtos, a previsão de crescimento é de 30% a 34% em empréstimos consignados, 10% a 14% em veículos e 9% a 13% em cartões. O banco espera que o financiamento imobiliário some 10,0 bilhões de reais em 2011, ante 9,1 bilhões de reais em 2010 e 4,7 bilhões de reais em 2009. Se o crescimento do crédito imobiliário sobre o PIB estivesse acima de 10% a 15%, seria possível acreditar em bolha, mas essa não é a situação do Brasil, segundo Trabuco. “Essa expansão é gerada pela demanda”, disse.

A margem financeira atingiu 33,056 bilhões de reais em 2010, um avanço de 11,1% em relação ao ano de 2009. A perspectiva para 2011 é de alta de 18% a 22% na margem financeira. O guidance anunciado para 2011 inclui a previsão de incremento de 6 a 10% em prestação de serviços, 11 a 15% em despesas operacionais e 10 a 13% em prêmios de seguros.


O lucro líquido ajustado foi de 9,804 bilhões de reais em 2010 e de 2,684 bilhões de reais no último trimestre. Desse total, 71% veio do banco e 29% da unidade de seguros. Em dezembro, as operações de crédito do Bradesco (considerando avais, fianças, antecipação de recebíveis de cartão de crédito e cessões para fundos de investimentos em direitos creditórios e certificados de recebíveis imobiliários) totalizaram 274,2 bilhões de reais. As operações com risco de crédito somaram 293,6 bilhões de reais, em dezembro (238,6 bilhões de reais, em dezembro de 2009), apresentando uma evolução de 8,4% no trimestre e 23,0% nos últimos 12 meses.

Investimentos

O banco planeja investir cerca de 5 bilhões de reais nesse ano para melhorias nos sistemas de tecnologia e para abrir 183 novas agências. Em 2010 foram abertas 178 agências. "2010 continuou com foco na expansão orgânica”, disse Trabuco. As 183 unidades devem se espalhar por todo o país, segundo o presidente do banco, e concentram-se em estados que vem obtendo forte crescimento, como Pernambuco, Mato Grosso e Ceará.

 

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