Negócios

Bradesco faz acordo com Chrysler e mira carteira de R$ 2 bi

A expectativa do Bradesco é atingir de forma gradual, conforme Souza, um montante mensal de R$ 100 milhões em financiamentos e 2 mil veículos mês


	Chrysler Jeep Grand Cherokee: A instituição vai dar crédito para vendas das marcas Jeep, Chrysler, Dodge e RAM por dez anos
 (Divulgação)

Chrysler Jeep Grand Cherokee: A instituição vai dar crédito para vendas das marcas Jeep, Chrysler, Dodge e RAM por dez anos (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2015 às 12h02.

São Paulo - O Bradesco firmou acordo com a FCA Fiat Chrysler Automóveis Brasil (FCA Brasil) e o banco Fidis para ter exclusividade em financiamentos de marcas da fabricante e espera ter uma carteira de R$ 2 bilhões em dois anos, de acordo com o diretor executivo do Bradesco, Altair de Souza.

A instituição vai dar crédito para vendas das marcas Jeep, Chrysler, Dodge e RAM por dez anos, direito que ganhou, segundo ele, após participar de uma concorrência com outros bancos, iniciada no ano passado.

A expectativa do Bradesco é atingir de forma gradual, conforme Souza, um montante mensal de R$ 100 milhões em financiamentos e 2 mil veículos mês.

O banco ficará com todo o risco da operação, liberação do funding, análise de crédito e back office.

Poderá ainda ofertar outros produtos. Por outro lado, o Fidis, que pertence ao grupo FCA e oferece financiamento de estoque para a rede de concessionárias no Brasil, fará a gestão comercial da parceria.

O acordo é, conforme Souza, uma ajuda extra para o banco reverter o sinal de queda da carteira e fechar 2015 no mesmo patamar do ano passado. No primeiro trimestre, os financiamentos para veículos do Bradesco recuaram 8,0% ante um ano.

"O acordo com a FCA Brasil reforça nosso posicionamento no segmento de veículos. Esperamos que a parceria ajude a manter o nível de financiamentos de 2014 neste ano, mas vai depender muito da demanda no segundo semestre", diz Souza, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

O diretor do banco diz que conta a favor o fato de os modelos SUVs terem caído no gosto dos brasileiros embora as vendas de veículos no Brasil estejam em queda em meio à baixa confiança na economia e aumento dos níveis de desemprego.

De janeiro a junho, a comercialização de unidades novas caiu 20,67% ante mesmo intervalo do ano passado, conforme dados da Federação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Fenabrave).

Em nota ao Broadcast, o presidente executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, diz que o acordo deve impulsionar a indústria automobilística. Já o presidente da FCA para a América Latina, Cledorvino Belini, acredita que é uma relevante contribuição para o aumento das vendas de veículos no Brasil nos próximos anos.

Acompanhe tudo sobre:BancosBradescoChryslerEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas italianasFiatMontadoras

Mais de Negócios

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia

"Bar da boiadeira" faz investimento coletivo para abrir novas unidades e faturar R$ 90 milhões

Haier e Hisense lideram boom de exportações chinesas de eletrodomésticos em 2024