Exame Logo

Bradesco acredita que volume deve compensar redução das taxas de juros

Segundo executivo do banco, impacto nas margens deve ser praticamente neutro com a medida adotada pelo Bradesco

Bradesco pode reduzir juros de outras linhas de crédito (Andrevruas/Wikimedia Commons)

Daniela Barbosa

Publicado em 23 de abril de 2012 às 13h17.

São Paulo - O Bradesco iniciou hoje a redução da taxa de juros em algumas de suas linhas de crédito e apesar de juros mais baixos, o banco acredita que a estratégia será compensada pelo aumento do volume da demanda por crédito.

"O efeito na queda de juros deve ser compensado pelo volume adicional das operações. Então, o impacto nas nossas margens deve ser praticamente neutro", afirmou Luiz Carlos Angelotti, diretor-executivo do banco, em teleconferência com a imprensa, nesta segunda-feira.

Segundo ele, nem todas as linhas de crédito tiveram suas taxas reduzidas, mas o banco ainda avalia novas reduções. "Esta primeira medida está em linha com a tendência atual. Avaliamos, no entanto, novas medidas dentro do que é possível ser feito", disse o executivo.

O banco anunciou, na última semana, redução de taxas para pessoa física nas linhas de financiamento de veículos, de 1,35% para 0,97% ao mês, crédito pessoal, de 2,66% para o mínimo de 1,97% ao mês e CDC Bens, de 3,54% para a partir de 2,97% ao mês.

Inadimplência

No primeiro trimestre do ano, o índice de inadimplência maior que 90 dias do banco cresceu 0,2 ponto percentual, atingindo 4,1%. De acordo com Angelotti, a alta já era esperada pelo banco.

"Não foi nenhuma surpresa e trata-se de uma alta pontual. O primeiro trimestre é marcado por gastos eventuais que acabam comprometendo o orçamento.  Esse aumento foi o pico da inadimplência e deve haver redução ou estabilização nos próximos períodos", afirmou Angelotti.

Veja também

Assim como a inadimplência, a carteira de crédito do banco cresceu 14,6% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo 350,8 bilhões de reais.

O lucro do Bradesco no primeiro trimestre somou 2,7 bilhões de reais, alta de 3,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Acompanhe tudo sobre:BalançosBancosBradescoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasFinançasJuros

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame