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BR Distribuidora pode ter multa de até 20% da receita

Empresas envolvidas em um suposto cartel de combustíveis podem ser multadas em até 20 por cento do faturamento, se os atos anticompetivivos forem comprovados

BR Distribuidora: PF cumpriu mandados de busca e apreensão nas sedes da BR Distribuidora, da Petrobras, e da Ipiranga (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2015 às 20h14.

As empresas envolvidas em um suposto cartel de combustíveis, entre elas a BR Distribuidora , podem ser multadas em até 20 por cento do faturamento, se os atos anticompetivivos forem comprovados, informou nesta terça-feira o Conselho Administrativo de Defesa Econômica ( Cade ).

Nesta manhã, a Polícia Federal, em ação coordenada com o Cade e o Ministério Público do Distrito Federal, deflagrou a Operação Dubai, para desarticular suposto cartel de combustíveis no Distrito Federal.

A PF cumpriu mandados de busca e apreensão nas sedes da BR Distribuidora, da Petrobras, e da Ipiranga, que pertence ao Grupo Ultra, além de ter interrogado funcionário da Raízen, joint venture da Cosan com a Shell.

A Petrobras, protagonista do escândalo bilionário de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, pretende se desfazer de uma fatia na BR Distribuidora como parte de seu plano agressivo de desinvestimentos para reforçar o caixa e reduzir a alavancagem.

Em 2014, a BR Distribuidora teve receita bruta de 120,7 bilhões de reais e receita líquida de 98,5 bilhões de reais, segundo informações no site da empresa.

O comunicado do Cade não deixa claro se a eventual punição seria aplicada sobre as vendas antes ou após o pagamento de impostos, mas, no pior cenário, a BR Distribuidora poderia ter que pagar cerca de 24 bilhões de reais em multa apenas com base no resultado do ano passado.

Segundo a PF, há uma "sofisticada organização criminosa" que atua há "vários anos" e teria movimentado valor que pode chegar a 1 bilhão de reais por ano, em esquema de combinação de preços entre as principais redes de postos de combustível do Distrito Federal e do entorno.

O Cade disse que desde 2009 inquérito administrativo na extinta Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, atualmente absorvida pelo Cade, monitora e coleta informações relativas ao mercado de combustíveis no Distrito Federal.

"Ao longo desse tempo, foi reunida uma quantidade considerável de indícios econômicos de formação de cartel, envolvendo distribuidoras e postos revendedores", segundo o Cade.

O material apreendido pela PF nesta terça será compartilhado com o órgão antitruste e com as demais provas obtidas será juntado ao inquérito em curso na Superintendência-Geral do Cade.

"O conjunto de evidências será objeto de processo administrativo que, após fases de contraditório e ampla defesa, receberá parecer da Superintendência pela condenação ou arquivamento do caso em relação às pessoas físicas e jurídicas que venham a ser acusadas", disse o Cade.

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Nesta manhã, a Polícia Federal, em ação coordenada com o Cade e o Ministério Público do Distrito Federal, deflagrou a Operação Dubai, para desarticular suposto cartel de combustíveis no Distrito Federal.

A PF cumpriu mandados de busca e apreensão nas sedes da BR Distribuidora, da Petrobras, e da Ipiranga, que pertence ao Grupo Ultra, além de ter interrogado funcionário da Raízen, joint venture da Cosan com a Shell.

A Petrobras, protagonista do escândalo bilionário de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, pretende se desfazer de uma fatia na BR Distribuidora como parte de seu plano agressivo de desinvestimentos para reforçar o caixa e reduzir a alavancagem.

Em 2014, a BR Distribuidora teve receita bruta de 120,7 bilhões de reais e receita líquida de 98,5 bilhões de reais, segundo informações no site da empresa.

O comunicado do Cade não deixa claro se a eventual punição seria aplicada sobre as vendas antes ou após o pagamento de impostos, mas, no pior cenário, a BR Distribuidora poderia ter que pagar cerca de 24 bilhões de reais em multa apenas com base no resultado do ano passado.

Segundo a PF, há uma "sofisticada organização criminosa" que atua há "vários anos" e teria movimentado valor que pode chegar a 1 bilhão de reais por ano, em esquema de combinação de preços entre as principais redes de postos de combustível do Distrito Federal e do entorno.

O Cade disse que desde 2009 inquérito administrativo na extinta Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, atualmente absorvida pelo Cade, monitora e coleta informações relativas ao mercado de combustíveis no Distrito Federal.

"Ao longo desse tempo, foi reunida uma quantidade considerável de indícios econômicos de formação de cartel, envolvendo distribuidoras e postos revendedores", segundo o Cade.

O material apreendido pela PF nesta terça será compartilhado com o órgão antitruste e com as demais provas obtidas será juntado ao inquérito em curso na Superintendência-Geral do Cade.

"O conjunto de evidências será objeto de processo administrativo que, após fases de contraditório e ampla defesa, receberá parecer da Superintendência pela condenação ou arquivamento do caso em relação às pessoas físicas e jurídicas que venham a ser acusadas", disse o Cade.

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